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Preocupado com a falta de reforços e as influências dos problemas políticos do Palmeiras no time, Marcos diz que procura até não saber muitas coisas dos bastidores para não carregar problemas. Mas isso pode mudar. Menos de um ano após anunciar sua aposentadoria, o ex-goleiro já admite a possibilidade de virar dirigente.
“Se eu me preparar, quem sabe? Talvez um dia eu possa trabalhar e alcançar isso. Se um dia me der vontade, corro atrás. Mas, por enquanto, não quero. É muito problema”, comentou, explicando que, se assumisse algum cargo administrativo no momento, seria o exemplo de algo que ele reprova: a falta de profissionalismo.
“Hoje eu não pegaria. Sempre cobramos profissionalismo nas coisas, e eu não sou capacitado para ser dirigente do Palmeiras hoje em dia, não sou profissional dessa área. Eu seria dirigente só por nome”, admitiu o ídolo palmeirense.
A declaração já mostra uma mudança de mentalidade. Em seus últimos meses como jogador, Marcos dizia que nunca aceitaria ser diretor para evitar qualquer chance de ver seu nome atrelado a irregularidades financeiras. Por isso, virou embaixador do clube, trabalhando no departamento de marketing. Mas chegou a ficar próximo do futebol de novo acompanhando o time tanto na conquista da Copa do Brasil quanto na reta final da campanha do rebaixamento no Brasileiro.
De fora, ele espera que quem já é dirigente ou conselheiro priorize o Verdão. “Muitas coisas precisam ser aprendidas neste ano. Que carreiras chegam ao fim, que o Corinthians pode ganhar a Libertadores, que podemos cair novamente... Mas o que não pode ficar é esse negócio de briga política. O bem maior é o Palmeiras. O mais importante é o símbolo do Palmeiras. Precisam pensar no bem do time, do torcedor.”
Com seus discursos, e até a agora disposição de ao menos cogitar trabalhar na diretoria, o ídolo espera manter a honestidade de seu nome intacta. “Sempre tentei fazer o melhor dentro e fora de campo, tratando todos da melhor forma. Os ídolos mudam, o tempo vai passando e outros grandes ídolos vão chegar ao Palmeiras. Se lembrarem de mim daqui 20, 30 anos, será um prazer e um privilégio, e acho que vou ser lembrado como alguém decente que passou pelo futebol. Isso que é importante”, comentou.
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