Chegou ao fim nesta sexta-feira (23) a passagem do técnico Mano Menezes na Seleção Brasileira. Depois de reunião na Federação Paulista de Futebol (FPF) que contou com dirigentes da CBF, ficou decidido que os feitos da equipe nacional na temporada 2012 não foram satisfatórios e, com isso, decidiu-se a troca no comando da equipe, que nos próximos dois anos será a anfitriã da Copa das Confederações e Copa do Mundo.
Apesar da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, e as nove vitórias em 13 amistosos deste ano, o trabalho de Mano não era unanimidade e o treinador sempre viveu certa insegurança no cargo. Na última quarta-feira, com uma equipe formada apenas por jogadores que atuam no País, o treinador comandou a Seleção no título do Superclássico das Américas, diante da rival Argentina, na Bombonera.
Depois de obter sucesso à frente do Corinthians (onde ganhou a Série B, Copa do Brasil e Paulista), Mano aceitou o convite de assumir a vaga de Dunga na Seleção Brasileira, no dia 24 de julho de 2010. Ele, porém, não era a primeira opção da CBF, que negociou antes com Muricy Ramalho, então no Fluminense. Embora o atual comandante do Santos tenha aceitado o convite, a equipe carioca vetou a liberação.
Sua estreia aconteceu no dia 10 de agosto, na animadora vitória sobre os Estados Unidos, por 2 a 0. Embora o retrospecto seja favorável ao treinador (21 vitórias, seis empates e seis derrotas), Mano sempre foi questionado por não conseguir vencer seleções de ponta: foram derrotas para Argentina (duas vezes), França e Alemanha.
O anúncio da saída de Mano acontece pouco depois de Andrés Sanchez, atual diretor de seleções e presidente do treinador no Corinthians, considerar o ano positivo. Em sua página no Twitter, com a vitória sobre o principal rival sul-americano, o comandante da Seleção falava com animação da última temporada.
“Crescemos. O torcedor começou a identificar esse comportamento na Seleção. É isso que a gente leva desse ano de 2012”, publicara. Tite, atual campeão da Libertadores pelo Corinthians, Muricy Ramalho e Luiz Felipe Scolari, ex-Palmeiras e campeão mundial com a Seleção em 2002, já despontam como favoritos a assumir o cargo.