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Lenda olímpica do Brasil, Robert Scheidt anuncia que não disputará mais os Jogos

O velejador de 44 anos surpreendeu e anunciou que não disputará mais nenhuma Olimpíada, a três anos para o Jogos de Tóquio, em 2020

Estadão Conteúdo

Publicado em 15/10/2017 às 21:31

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O velejador de 44 anos surpreendeu e anunciou que não disputará mais nenhuma Olimpíada, a três anos para o Jogos de Tóquio, em 2020 / Divulgação/COB

Maior medalhista olímpico do Brasil em todos os tempos ao lado de Torben Grael, Robert Scheidt não terá outra oportunidade de se isolar na ponta desta lista. O velejador de 44 anos surpreendeu e anunciou que não disputará mais nenhuma Olimpíada, a três anos para o Jogos de Tóquio, em 2020.

A revelação foi feita em entrevista concedida à TV Globo e que foi ao ar neste domingo. "Foi uma decisão correta para o momento Não me arrependo de nada, foi uma trajetória maravilhosa", declarou.

Scheidt deixou claro que o cansaço pela rotina de treinamentos foi determinante para esta decisão. Afinal, são mais de 20 anos competindo profissionalmente e viajando por todo o mundo para a disputa de diversos campeonatos. Aliado a isso, alguns problemas físicos o encaminharam a adotar esta opção.

"O volume de treinamento que eu teria que fazer nos próximos dois anos seria muito grande. Então, acabei optando por não dar sequência neste projeto, já que pequenas lesões vão minando sua capacidade de ter um volume muito grande de treinamento", afirmou.

O velejador também deixou claro que a saudade dos filhos vinha sendo muito grande nos últimos tempos. "Tenho dois filhos em casa, quero passar mais tempo com eles. Toda vez que saio de casa, ouço aquela pergunta: 'Quando você vai voltar?'. Então, são coisas que pesam."

Scheidt, porém, admitiu que a decisão de se afastar do palco onde conquistou suas maiores glórias foi bastante complicada. Ainda mais, porque sua última Olimpíada acabou sendo aquela em que viveu sua maior decepção. No Rio, no ano passado, terminou na quarta colocação e ficou sem medalha pela primeira vez nos Jogos.

"Queria continuar, dar sequência nisso. O instinto é sempre querer mais e mais. Mas tem um momento em que é preciso sentar, avaliar a vida e ver se a coisa está andando da forma que você quer", comentou. "O quarto lugar deixa um gosto muito amargo na boca. É um bom resultado em Olimpíada, mas ninguém lembra, porque é quase uma medalha."

Quando a delegação brasileira chegar a Tóquio em 2020, então, estará pela primeira vez sem Scheidt em quase 25 anos. Afinal, desde 1996, em Atlanta, o velejador se fez presente em todos os Jogos, tendo conquistado medalhas em cinco dos seis que disputou Foi ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004, prata em Sydney-2000 e Pequim-2008 e bronze em Londres-2012.

Até por esta longa história no esporte, Scheidt explicou que não se afastará de vez da vela. "O que me levou a velejar quando garoto foi a sensação de liberdade que a vela dá, de dirigir o barco usado a força do vento. Então, isso eu vou continuar fazendo. A vida sem a vela, para mim, não faz muito sentido."

 

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