Esportes

Kleina adota “olho no olho” e cogita Valdivia na reserva de Riquelme

Caso a negociação se concretize, o Mago pode perder também o lugar vago entre os titulares.

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/12/2012 às 20:21

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A busca do Palmeiras por Riquelme deixou claro que Valdivia está perdendo espaço no clube, já que o chileno deixaria inclusive sua camisa 10 para o argentino. Caso a negociação se concretize, o Mago pode perder também o lugar vago entre os titulares que mantém desde sua volta ao clube, em agosto de 2010, mesmo com frequentes lesões. Este é o planejamento de Gilson Kleina.

“O Palmeiras pensa em uma reposição para o Valdivia, ou o Valdivia ser uma reposição do Riquelme”, disse o técnico à rádio Globo, prometendo lidar com o chileno e qualquer outro adotando a sinceridade em papo individual. “Não teria problema jogar junto, a vaidade seria resolvida conversando olhando no olho.”

Contudo, se Riquelme vier, Valdivia deve realmente parar no banco de reservas. “Não discutimos a qualidade técnica, o Riquelme atuou em alto nível nos clubes em que passou. E temos que entender: um esquema com Valdívia e Riquelme precisaria de consistência grande atrás”, antecipou Kleina.

A dificuldade para trazer o argentino, porém, aumentou. O estafe do meia se irritou com os boatos de que ele seria caro para o Verdão que, segundo seu irmão, Cristian, não soube quanto o clube estaria disposto a pagar em reunião realizada recentemente em Buenos Aires com o vice-presidente Roberto Frizzo e o gerente de futebol César Sampaio.

Além disso, nessa quarta-feira Riquelme se aproximou da volta ao Boca em encontro com o presidente Daniel Angelici na casa do técnico Carlos Bianchi. “Sei que (Frizzo e Sampaio) foram conversar e entender. Depois me passaram que não seria fácil, que ele é muito amigo do técnico do Boca. Talvez tenha tido uma exigência que o Palmeiras não conseguiu corresponder”, falou Kleina.

(Foto: Divulgação)

Dessa forma, e também pela falta de interessados em pagar seu alto salário, Valdivia deve continuar no Verdão mesmo com sua negociação tendo sido considerada prioridade logo após o rebaixamento. E Kleina será obrigado a encontrar um jeito de fazê-lo deixar de desfalcar tanto o time. “Queremos fazer um alicerce no Valdívia, uma base forte para evitar tantas lesões”, relatou.

Dentro do elenco, com seu “olho no olho”, o treinador garante ter resolvido o caso em que Marcos Assunção quase agrediu Valdivia, na semana que antecedeu ao jogo do rebaixamento contra o Flamengo, por não se esforçar na recuperação de lesões. “Isso está superado. Tiveram uma discussão entre eles, cobrança que acontece em vestiário. São dois ídolos em conflito pela situação. Na época, tivemos uma conversa franca e os dois entenderam.”

Mas, apesar de estar recuperado da contusão no joelho esquerdo que o deixou fora de campo desde 6 de outubro, Valdivia deve começar o ano na reserva mesmo sem Riquelme como colega. “Mais de dez jogadores que não fizeram pré-temporada nem uma reestruturação física em 2012 e tivemos muitas lesões que prejudicaram muito, os jogadores experientes fizeram falta no fim do campeonato. Agora, não quero iniciar uma equipe no Paulista no dia 20 e já perder jogador na Libertadores”, argumentou Kleina.

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