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Esportes

Jogadores comemoram “momento histórico” e usam desdém como motivação

Os castarriquenhos retornaram a Santos e não conseguiam esconder a empolgação pela vaga conquistada no dito grupo da morte

Publicado em 21/06/2014 às 01:56

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Com a classificação às oitavas de final da Copa do Mundo na mala a Costa Rica chegou a Santos à 00h20 deste sábado. Após a histórica vitória por 1 a 0 em cima da tetracampeã mundial Itália, em Pernambuco, os castarriquenhos retornaram a cidade em que estão hospedados, no litoral paulista, e não conseguiam esconder a empolgação pela vaga conquistada no dito grupo da morte.

“É difícil (dimensionar), é algo muito grande, muito bom para nós, para o grupo, para o nosso futebol. Eu, pessoalmente, estou muito contente, pois abrimos muitas portas para os jogadores da Costa Rica, para que possam ver o nosso futebol, com esse Mundial. Devemos seguir sonhando, temos potencial para mais coisas. É difícil dimensionar”, disse o zagueiro Michael Umaña, responsável por parar Mario Balotelli junto com González. “Esperamos ir muito longe. Seria ainda mais bonito seguir, vamos passo a passo. Temos o terceiro jogo contra a Inglaterra e é pensar depois”, avisou o experiente jogador, já projetando o duelo contra os ingleses pela terceira e última rodada da primeira fase. Um empate classifica os costarriquenhos em primeiro lugar do grupo.

“A partida foi muita boa, agora temos que desfrutar um pouco, descansar, porque é bastante história”, comentou o meia Cristian Bolaños. “É importante, bonito, é algo que o futebol traz, de mostrar ao mundo que temos bons jogadores, que podemos fazer as coisas bem, construir a história”, completou, com o semblante emocionado.

Umaña e Bolaños são os únicos remanescentes do grupo de 2006 da Costa Rica, a última Copa que a seleção disputou, na qual ficou em penúltimo lugar.

“Sim (nos sentimos menosprezados), por muitas coisas, falaram muito de nós. Isso nos tocou, sabíamos que poderíamos vir aqui, vínhamos com humildade, trabalhamos e fomos premiados”, disse o zagueiro Umaña, confiante que a Costa Rica pode surpreender ainda mais. “O mais importante é que estamos convencidos de que poderíamos fazer história, passar de fase e agora estamos aqui, sonhando. É um esforço do grupo, da equipe, sabemos que podemos alcançar coisas importantes no Mundial e nos preparamos, com consciência”.

Umaña (foto) e Bolaños são os únicos remanescentes do grupo de 2006 da Costa Rica (Foto: Tiago Salazar/DL)

Bolaños ainda destacou o apoio da torcida brasileira em todos os dois jogos da Costa Rica até aqui, tanto na vitória por 3 a 1 em cima do Uruguai, quanto agora ao baterem a Itália por 1 a 0.

“Nos sentimos em casa. Temos que agradecer toda a afeição brasileira, nos sentimos como na Costa Rica, tratamos de fazer a nossa partida e por isso ganhamos”, contou o jogador, que trocou de camisa com Balotelli ao fim da partida. “É um grande jogador, o respeito muito como jogador”.

Além de Umaña e Bolaños, os outros jogadores costarriquenhos desceram do ônibus e foram direto para a parte interior do hotel em que estão hospedados, no bairro do Gonzaga, em Santos. O jovem Joel Campbell falou rapidamente, enquanto passava, que estava “muito feliz”. Ao ser questionado se sofreu pênalti de Chiellini pouco antes do gol de Bryan Ruiz, apenas olhou e deu uma risada, como se não houvesse dúvida da penalidade erroneamente não marcada pela arbitragem.

O técnico colombiano Jorge Luis Pinto também disse que estava feliz, mas, como é de costume, puxou a fila da delegação e rapidamente entrou no hotel.

Com a chuva na madrugada santista, a recepção para a chegada da seleção Costa Rica não contou com torcedores. Apenas cerca de dez curiosos e muitos jornalistas acompanharam o retorno da delegação a Santos. Um grupo de cerca de 180 torcedores estão em Santos, mas ainda estavam voltando da partida, que aconteceu na Arena Pernambuco, e não puderam prestigiar seu ídolos.

Neste sábado, a Costa Rica cancelou o treino que estava programado para a parte da manhã, na Vila Belmiro, e confirmou atividade apenas no período da tarde. Antes da fase de mata-mata, a seleção de Jorge Luis Pinto encara a já eliminada Inglaterra, na próxima terça-feira, às 13 horas, no Mineirão, em Belo Horizonte. No mesmo dia e horário, Itália e Uruguai duelam por uma vaga em Natal, na Arena das Dunas. Ambas as seleções têm três pontos, mas os italianos jogam pelo empate por terem um saldo de gols melhor. (0 contra -1).

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