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O TJD-PR (Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná) denunciou nesta sexta-feira (20) o jogador Maurim Vieira de Souza, do Paranavaí. O atleta teria ameaçado de morte o auxiliar de arbitragem e dito que pertencia à organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Maurim foi denunciado em dois artigos pelo TJD: 243-C e 243-F. O primeiro consiste em "ameaçar alguém, por palavra, escrito, gestos ou por qualquer outro meio, a causar-lhe mal injusto ou grave". Já o segundo diz: "Ofender alguém em sua honra106, por fato relacionado diretamente ao desporto".
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O jogador pode ser multado de R$ 100 a R$ 100 mil pelo primeiro artigo, além de suspenso de 30 a 12 dias. O segundo prevê também uma multa de mesmo valor e uma suspensão de uma a seis partidas.
O caso aconteceu durante a partida entre Paranavaí e Independente, pela segunda divisão do Campeonato Paranaense. Na súmula do jogo, o árbitro João Paulo Romano Queiroz relatou as ameaças que teriam sido feitas por Maurim.
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"Seu ladrão, safado, você tem que voltar esse pênalti, eu sou do PCC e vou colocar o revólver na sua boca e você vai sentir o gosto da bala."
Além do processo desportivo, Maurim deve enfrentar uma investigação criminal. O advogado da Apaf (Associação Profissional dos Árbitros de Futebol do Paraná), Eduardo Vargas, disse que os clientes registraram boletim de ocorrência contra o atleta.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil paranaense foi procurada, mas não deu informações sobre a apuração.
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Outro lado
Maurim foi procurado por telefone e não atendeu às ligações. Ele leu as mensagens enviadas por WhatsApp e não respondeu. Desde a primeira manifestação sobre o caso, o jogador nega que tenha se declarado membro do PCC e ameaçado o bandeirinha.
Na última entrevista, na quarta-feira (18), o lateral falou que disse ao assistente que ele não apitaria mais os jogos do ACP (Atletico Clube Paranavai). Afirmou que o auxiliar deve ter se confundido. Maurim contou que entraria em contato com a advogada do clube para preparar sua defesa.
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