Dois dos dez maiores artilheiros da história palmeirense, César Maluco e Evair constataram que profundas mudanças deverão ocorrer no elenco rebaixado à segunda divisão nacional. Um nome, porém, é consenso para os dois ex-jogadores: de Hernán Barcos, goleador da equipe na temporada e um dos poucos que saiu com crédito junto à torcida.
“Ele é um cara importante, já demonstrou que tem personalidade, caráter e com certeza é uma peça que pode ajudar o grupo do Palmeiras no ano que vem”, alegou Evair, que marcou 127 vezes com a camisa do Verdão. “O Palmeiras precisa mais do que nunca de um jogador assim, porque vai disputar uma Libertadores”, completou.
Autor de 28 gols em 54 jogos nesta temporada, o atual camisa 9 alviverde chegou sem grande destaque, até por parte da diretoria. Quando o nome do argentino era apenas especulado, o vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, despistou ao dizer que o “Palmeiras não era marinha para falar em Barcos”.
“É brincadeira isso, tem que respeitar o profissional. E depois ainda quer ser respeitado. Se você não dá, não tem como pedir respeito”, criticou César Maluco, ex-conselheiro e atual crítico da gestão de Arnaldo Tirone, ao lembrar do fato. “Ele é excelente”, elogiou o atacante alviverde das décadas de 60 e 70 e segundo maior artilheiro da história do clube.
Assim como em 2002, data do primeiro rebaixamento alviverde no Brasileirão, espera-se que uma intensa mudança ocorra no elenco. Naquele ano, o principal jogador do grupo, o goleiro Marcos, recusou uma proposta do Arsenal, da Inglaterra, e ficou até o ano passado, quando encerrou sua carreira, como um dos maiores ídolos da história palmeirense.
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