Senador citou o caso de Ednaldo Rodrigues, que teve suas duas eleições anuladas pela assembleia da CBF / Agência Senado/Jefferson Rud
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Na última segunda-feira (8), o icônico ex-apresentador e senador Jorge Kajuru (PSB-GO) criticou a falta de transparência na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e revelou o histórico de corrupção entre seus dirigentes. De acordo com ele, cinco ex-presidentes da entidade foram presos ou afastados.
O senador afirmou que a CBF gerencia o futebol brasileiro como uma caixa-preta. Para isso, é necessário criar mecanismos legais de controle.
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"A Confederação Brasileira de Futebol é uma instituição peculiar. Dos presidentes que cumpriram os últimos mandatos, antes do que foi iniciado há duas semanas, cinco deles foram presos por corrupção ou afastados: Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo Del Nero, Rogério Caboclo e Ednaldo Rodrigues. A maioria absoluta é corrupta até na medula, na essência", declarou.
O senador citou o caso de Ednaldo Rodrigues, que teve suas duas eleições anuladas pela assembleia da CBF, mesmo após ter sido reeleito por aclamação em março.
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Para o lugar de Rodrigues, assumiu Samir Xaud, representante de Roraima, eleito com 103 de 141 votos possíveis. Kajuru observou que 21 entidades, entre clubes e federações, não participaram da votação, o que, para ele, pode indicar resistência ao novo comando.
Como resposta à situação, Kajuru protocolou o Projeto de Lei (PL) 2.429/2025, que estabelece medidas de fiscalização e controle sobre as entidades responsáveis pelo futebol brasileiro.
A proposta obriga prestação de contas aos órgãos de controle, transparência nos contratos e auditorias regulares. Em caso de descumprimento, a entidade pode perder o acesso a verbas públicas e repasses de loterias federais.
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O parlamentar também apresentou o PL 2.430/2025, que reconhece a seleção brasileira como patrimônio cultural do país e propõe sua proteção pelo Ministério Público. O texto altera a Lei Pelé e busca garantir a integridade da seleção frente a interesses políticos e econômicos.
"Ambos os projetos foram originalmente apresentados nesta Casa pelo ex-senador paranaense Alvaro Dias. Eu me inspiro nele, que sempre batalhou pela defesa do patrimônio esportivo e cultural do Brasil.
Foram arquivados, infelizmente, ao fim da última legislatura, mas, diante das novas circunstâncias, creio que chegou a hora de serem discutidos com as várias partes interessadas e aprovados com a contribuição de todos que no Parlamento se preocupam de fato com o nosso futebol. O torcedor brasileiro merece" finalizou.
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Veja também: Como é? Kajuru diz ser o pai de filha de ex-jogador de futebol.
O texto contém informações da Agência Senado