Esportes

Equipe de Kung Fu de São Vicente esbanja talento e encara falta de apoio

Os atletas, além de se dedicarem aos treinamentos, ainda são obrigados a arcar com todos os custos de viagens, hospedagens e equipamentos

Publicado em 16/08/2013 às 20:52

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Dedicação, superação e amor ao esporte fazem os lutares de Kung Fu da Academia Ponchet, na Cidade Náutica, em São Vicente, brilharem nas grandes competições pelo Brasil. Sem apoio de patrocinadores e/ou governantes, os atletas, além de se dedicarem aos treinamentos, ainda são obrigados a arcar com todos os custos de viagens, hospedagens e equipamentos. No entanto, nada parece impedir o dom desses atletas na arte marcial.

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A equipe, que tem 26 lutadores de 9 a 62 anos, entra em ação neste sábado (17) pelo Brasil Open Internacional, torneio da Liga Nacional de Kung Fu, em Cabo Frio, Rio de Janeiro. E no domingo (18) disputa Campeonato Brasileiro, também em Cabo Frio.

As expectativas são as melhores, já que na última edição do Brasileiro 11 atletas da Academia Ponchet conquistaram 13 medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.

“Acho que nunca fomos para uma competição e voltamos sem medalha”, lembrou o mestre Luiz Carlos Santos do Nascimento, 10 vezes campeão Paulista e Bicampeão Brasileiro pela Federação, além de oito títulos da Copa Brasil Internacional, um Brasileiro pela Liga Nacional e um Sul-Americano.

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Mestre Luiz Carlos e os alunos Pedro Trasmonte e Railton em demonstração na Academia Ponchet (Foto: Jonas de Morais/DL)

“Em 2008 fui convocado para o Mundial, na China, e em 2009, no Chile. Mas não pude participar de nenhum dos dois por falta de incentivo. Em época de eleição, muitos candidatos apareciam aqui na Academia prometendo ajuda, mas nunca fizeram nada”, lembrou Luiz Carlos, que luta desde 1991 e hoje, prestes a completar 50 anos, analisa o Kung Fu por outra ótica.

“Após tanto tempo de dedicação e depois de passar por muita coisa, hoje eu sinto mais prazer em dar aula, preparar o pessoal. O envolvimento com a filosofia te faz enxergar as coisas de outra maneira”, contou o mestre, que mantém a academia em São Vicente há cinco anos.

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O estilo que o mestre Luiz Carlos ensina a seus alunos é o Shaolin do Norte, o primeiro a ser praticado no Brasil. Vale lembrar que mais nove estilos são dissidentes do Shaolin do Norte.

E é assim, com a filosofia, a dedicação, e superando os obstáculos impostos pela falta de uma política decente para esportes amadores, que esses lutadores elevam o Kung Fu e a Cidade de São Vicente pelo Brasil afora.

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