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Enquanto pensa em sair, Gareca é contestado por não entrosar time

Das posições em que pediu, o técnico só não recebeu um meia e sofre para encontrar um substituto para Valdivia

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 22/08/2014 às 17:49

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Ricardo Gareca passou a semana falando em limites e, apesar de ter garantido que quer ficar na entrevista coletiva após a derrota para o Sport, disse à rádio América, da Argentina, que pode sair do Palmeiras se perder do Coritiba neste sábado. E um novo tropeço pode fazer a própria diretoria pôr fim à sua passagem. Entre as queixas, está a falta de padrão ao time.

Das posições em que pediu, o técnico só não recebeu um meia e sofre para encontrar um substituto para Valdivia. Mas a diretoria trouxe o zagueiro Tobio, o meia Allione e os atacantes Mouche e Cristaldo, todos argentinos indicados por ele. Embora o discurso público seja de paciência com o treinador, será difícil segurá-lo com mais uma derrota e a permanência da equipe na última posição do Campeonato Brasileiro enquanto o clube completará 100 anos na terça-feira.

Gareca venceu apenas o Avaí, da segunda divisão, pela Copa do Brasil, e os reservas da Fiorentina em jogo festivo. No Brasileiro, só somou um ponto em 27 possíveis. Em todos esses compromissos, nunca repetiu a escalação, implantando uma alternância que o próprio técnico diz não gostar, mas mexerá no time para enfrentar o Coritiba sem comandar nada mais do que um rachão. Os jogadores também preferem um time-base.

“Neste momento, tudo é uma somatória. O entrosamento é importante, a continuidade faz o time se conhecer melhor. Sem dúvidas, fica mais difícil mudando toda hora, tendo sendo um companheiro diferente. Isso pode prejudicar. Mas não serve de desculpa para a nossa situação. O mais importante é o resultado”, disse Lúcio.

Paciência da diretoria pode acabar em caso de tropeço neste sábado (Foto: Mauro Horita/Agif)

O capitão do Verdão se manifestou contrário à chegada de um técnico estrangeiro antes da contratação de Gareca e lembra que o argentino já teve tempo para trabalhar. “O futebol brasileiro não tem muito tempo para mudar uma filosofia de uma hora para outra. Mas a contratação dele aconteceu bem antes da parada dos jogos para a Copa do Mundo. Ele teve todo o tempo da Copa para trabalhar.”

Gareca foi contratado em maio e não foi mais do que um observador nos quatro últimos jogos antes da pausa do Brasileiro. Não quis nem se apresentar ao elenco. Iniciou seus trabalhos em junho e o diretor executivo José Carlos Brunoro conta que chamou cada um dos atletas para conversar em seu quarto na concentração em Atibaia. Mas ainda falta gerar vitória em campo.

“Não são só os jogadores, treinador vive de resultado, e a cobrança é muito grande no futebol brasileiro, querem resultados para ontem. Mas sair é uma decisão muito dele e da diretoria. Não podemos deixar, neste momento, esses assuntos virarem tão polêmicos. Temos que nos concentrar em sair da situação muito ruim em que nos encontramos”, opinou Lúcio, avisando que também tomou lugar de alemães e italianos quando atuou por Bayer Leverkusen, Bayern de Munique e Inter de Milão e, mesmo assim, vingou em outro continente.

“É necessário agir com personalidade e fazer o melhor no campo sem pensar só em você, mas no grupo e no clube. Ser bem recebido é importante, mas o mais importante é sua produção e desempenho em campo para qualificar a equipe. Quando o clube tem sucesso, todos são reconhecidos, independentemente da posição ou da nacionalidade”, ensinou, como um recado a Gareca e aos outros estrangeiros do clube.

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