15 de Outubro de 2024 • 06:10
Único técnico a comandar os oito clubes grandes de Rio de Janeiro e de São Paulo, Oswaldo de Oliveira chega à final de Estadual pelo quarto ano seguido, e lembra o vice-campeonato de 2014 com uma lamentação. À frente do Santos, seu adversário em 2015, o hoje treinador do Palmeiras discordou da decisão da diretoria de enfrentar o Ituano em dois jogos no Pacaembu, e acabou perdendo nos pênaltis.
“No ano passado, o Santos se arriscou e se deu mal ao aceitar dois jogos no Pacaembu. Foi visivelmente por questão financeira e nem isso se resolveu, tanto que o clube ainda está com problemas financeiros. E deixou de ganhar um título, porque fatalmente teríamos vencido se fosse na Vila Belmiro”, recordou.
A diretoria mudou e o Peixe resolveu mandar o segundo jogo da final em seu estádio neste ano, equilibrando as forças com o Verdão, que abre a decisão neste domingo, no Palestra Itália. “O Santos fez a coisa certa dessa vez. As coisas estão no mesmo plano. Teremos a nossa chance na nossa casa e o Santos, na dele. Vamos aferir realmente quem é o melhor time paulista de 2015”, apontou, animado.
Por enquanto, o saldo recente de Oswaldo como finalista até agora é negativo. Pelo Botafogo, foi vice-campeão em 2012 (perdeu os dois jogos para o Fluminense) e campeão em 2013 (conquistou antecipadamente por ter vencido os dois turnos). Com o Santos, no ano passado, perdeu a primeira partida para o Ituano por 1 a 0, devolveu o resultado na volta e acabou vencido nos pênaltis.
Agora, cobiça a taça que lhe escapou há um ano. “Claro que final mexe comigo, pela importância da disputa de um título. Sinto muito orgulho por chegar às finais dos Estaduais mais importantes do Brasil em quatro anos consecutivos. E estou muito afim de ser campeão neste ano, com dedicação, vontade e esperança muito grandes, independentemente de quem fosse o adversário”, declarou.
Se o rival não motiva, a antiga diretoria santista deixou outra má lembrança em Oswaldo de Oliveira. O técnico saiu do clube em setembro, em demissão ainda sem explicação clara, e não recebia salários desde maio. Mas nada que atrapalhe o amor que o treinador do Palmeiras sempre declarou ao Santos.
“Adoro Santos, tanto a cidade como o clube. Passei por lá três vezes e será um prazer muito grande voltar, tenho amigos que passaram a semana inteira me ligando para combinar de nos encontrarmos. Todos sabem que, desde criança, eu ia ao Maracanã ver Pelé e companhia. É uma coisa muito legal que algumas pessoas não estragariam de jeito nenhum”, assegurou.
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