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Elenco mostra incômodo e pede definição rápida de técnico no Verdão

Por enquanto, o discurso dos atletas é contido, evitando uma polêmica pública, mas é claro o incômodo com a situação

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 11/11/2013 às 15:31

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Há mais de duas semanas, Paulo Nobre prometeu procurar Gilson Kleina para discutir se deseja prorrogar seu contrato, mas, segundo o técnico, nenhuma reunião ocorreu e a diretoria tem se recusado a dar entrevistas. Durante todo esse tempo, coube aos jogadores falar sobre o assunto, e a saia-justa tem irritado. O elenco é a favor da permanência do técnico e quer que tudo se defina logo.

Por enquanto, o discurso dos atletas é contido, evitando uma polêmica pública, mas é claro o incômodo com a situação. Mesmo que Kleina não fique, já que o próprio treinador não demonstra ter mais tanta esperança de renovar, a equipe deseja ver que o futuro do time no ano do centenário do clube comece a ser traçado rapidamente.

“Os jogadores torcem para que o Kleina fique, mas acredito que a diretoria sabe bem o que está fazendo. Só esperamos que as coisas se resolvam o quanto antes para que, no ano que vem, tenhamos sucesso. Precisam resolver logo”, disse Henrique. “Somos pagos para jogar, não para dar palpite. Então só espero que resolvam. Quanto antes resolverem, melhor para começarmos bem o ano que vem”, continuou o capitão.

Jogador mais experiente do elenco, Fernando Prass é mais explícito ainda ao apontar a importância da definição rápida de um técnico para minimizar os prejuízos para 2014. “O treinador é o comandante, a cabeça do planejamento, quem dita carências, os jogadores que quer, o perfil que deseja”, apontou o goleiro, sem saber a importância da sua declaração.

Nobre tem escapado das entrevistas e deixado os jogadores e Kleina em uma saia-justa que gera irritação (Foto: Gazeta Press)

“A diretoria ouve os jogadores, mas tem que ver o peso que vai dar na hora da decisão. Todos sabem que o grupo quer o Gilson muito bem e a continuidade no futebol é o melhor caminho, ainda mais quando aparecem os resultados. Só cabe a nós, dentro de campo, dar respaldo e argumento para o Gilson ficar”, afirmou o veterano, em discurso ainda mais direto.

Wesley diz que aceitaria até fazer parte de um grupo para falar diretamente com Nobre. “Sou muito a favor do Kleina pelo trabalho que ele vem fazendo, é um treinador coerente e já conhece o grupo. Se precisar procurar a diretoria para ele ficar, estou dentro. Já sai um pouco da nossa alçada, mas, se todos se reunirem...”

Mas o presidente, que sempre se orgulhou por sentir que o elenco acredita em sua palavra, está cada vez mais afastado. Os jogadores contaram que ele não falou sobre futuro durante o tempo em que ficou nos vestiários do Pacaembu no sábado. “O que os jogadores têm a dizer é que é um excelente treinador. Mas não sei se teremos alguma conversa com o presidente nesta semana”, lamentou Juninho.

Assim, resta aos jogadores controlar as palavras, mesmo sendo eles e o próprio Kleina os únicos a falar, e ter que se esquivar, sobre os planos do Palmeiras. “Só jogo bola, quem tem que saber de planejamento é o presidente. Quem tem que falar sobre isso é o presidente, quem manda nisso é ele. Não posso contratar ninguém nem deixar o Gilson, quem faz isso é ele. Até agora ele não falou se o Gilson fica ou sai, mas deve estar tudo sob controle”, imaginou Vinicius.

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