Continua depois da publicidade
Mesmo com dez remanescentes da última Copa do Mundo (oito deles serão titulares contra a Colômbia, nesta sexta-feira), a Seleção Brasileira de Dunga terá uma importante diferença em relação àquela que Luiz Felipe Scolari comandou. A figura do centroavante desapareceu da equipe.
“Se um jogador fica como uma referência fixa, é muito mais fácil para a defesa marcar. E mais: as referências deixam as coisas mais cômodas para os zagueiros. Quando os atacantes se movimentam, tiram o sincronismo da defesa em algum momento”, argumentou Dunga.
Dessa maneira, o novo comandante do Brasil adota uma característica empregada com sucesso por Mano Menezes pouco antes de sua demissão. Quando Felipão assumiu o time nacional, voltou a apostar em um homem de referência – no caso, Fred, que ganhou confiança na Copa das Confederações e virou vilão pela atuação apagada na Copa do Mundo.
Com Dunga, inicialmente o parceiro de Neymar será Diego Tardelli, que gosta de se movimentar. O treinador também poderá apostar em Hulk, que se contundiu e cedeu espaço para Robinho nos amistosos contra Colômbia e Equador.
Continua depois da publicidade
De qualquer forma, Dunga não descarta promover uma nova mudança de estilo. “Tudo depende muito do momento. Se você tem um jogador de determinada característica que vive uma fase excepcional, é lógico que irá aproveitá-lo”, ponderou.
A liberdade que Dunga concedeu a seus atacantes não significa descompromisso defensivo. Até o capitão Neymar será incumbido de ajudar a marcação. “Na Holanda, o Robben recompõe o meio-campo. Se fazemos isso no Brasil, dizem que o jogador de qualidade não precisa marcar. Aí, pergunto: se ele não precisa, então o zagueiro não deve fazer gol? Porque a função do zagueiro é defender. É um coletivo forte que se sobressai”, concluiu.
Continua depois da publicidade