11 de Outubro de 2024 • 14:22
A reforma do Estádio Nacional de Brasília vai custar mais de R$ 1 bilhão, de acordo com a nova Matriz de Responsabilidades para a Copa do Mundo de 2014, publicada nesta quarta-feira (26) no Diário Oficial da União. O documento é um compromisso de obras que o governo tem com a Fifa e é atualizado a pedido de Estados e municípios. Por estas informações, a arena da capital do País será a mais cara do evento. Na atualização estão ainda a inclusão de oito projetos, a maioria de menor porte, e a retirada de seis, de grande impacto.
A Matriz de Responsabilidades inclui as obras de estádios, mobilidade urbana, entorno das arenas, aeroportos, portos, telecomunicações, segurança e infraestrutura turística. Os investimentos previstos somam R$ 25,5 bilhões, sendo R$ 6,3 bilhões do governo federal, R$ 8,63 bilhões com financiamento federal, R$ 6,35 bilhões de governos estaduais e municipais e R$ 4,25 bilhões da iniciativa privada.
Em relação aos estádios, o de Brasília passa a ser o mais caro, de acordo com o documento oficial. O valor da obra registrado pelo governo do Distrito Federal é de R$ 1,015 bilhão. A justificativa para a atualização é um aumento acima de 25% do custo da obra. O acréscimo do valor ocorreu porque as licitações foram feitas de forma isolada para cobertura, gramado e cadeiras e não havia essa previsão de gastos na Matriz original, datada de 2010.
Apesar de prever no documento oficial o valor bilionário, o governo do Distrito Federal afirma que o custo final do estádio será menor porque o orçamento informado não levaria em conta os abatimentos permitidos pelo Recopa, regime diferenciado de tributação que concede isenção dos principais tributos federais para a construção de arenas para os eventos da Fifa. Segundo o governo, essas deduções podem levar a um custo final de cerca de R$ 850 milhões.
Pela Matriz de Responsabilidades, o Itaquerão, em São Paulo, e o Maracanã, no Rio, têm os maiores orçamentos depois de Brasília, com R$ 820 milhões e R$ 808,4 milhões, respectivamente. No total, os 12 estádios da Copa deverão consumir R$ 7 bilhões, mais da metade com financiamento federal por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Menos de 10% dos investimentos em arenas virão da iniciativa privada (R$ 612 milhões). E em nove sedes, os recursos para estádios virão integralmente dos cofres públicos.
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