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Clima deixa o Corinthians em alerta sobre gramado do Itaquerão

Tudo por causa da demora na instalação do equipamento que será responsável por resfriar as raízes da grama no estádio em Itaquera

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 06/11/2013 às 22:48

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O clima quente dos meses de novembro e dezembro na cidade de São Paulo pode virar um grande problema para o Corinthians. Tudo por causa da demora na instalação do equipamento que será responsável por resfriar as raízes da grama no estádio em Itaquera. O clube optou por um gramado de inverno e, pelo cronograma original, já deveria ter tudo funcionando. Existe até o risco de, se ficar muito quente e o equipamento ainda não estiver ligado, a empresa responsável pelo campo ter de fazer um "consórcio", ou seja, colocar outro tipo de grama junto para a performance ficar melhor.

"Estamos extremamente felizes com o gramado, que está bem forte, mas temos de acelerar a instalação porque temos o problema do calor", explicou Roberto Gomide, presidente da World Sports, empresa responsável pela implantação do campo na arena. O custo do projeto, considerado de ponta, é de aproximadamente R$ 7 milhões. Só a máquina que faz o resfriamento das raízes e a drenagem a vácuo custa R$ 1 milhão.

Recentemente, representantes da Fifa estiveram na Arena Corinthians e aprovaram o gramado. Ele foi construído para ser um dos melhores do mundo e conta com todo tipo de tecnologia para ser um verdadeiro tapete. O campo terá à disposição sistema de refrigeração, sensores para grama, solo e luminosidade, sistema que oxigena o gramado, drenagem a vácuo, entre outras coisas. Mas o grande problema é que, pelo planejamento inicial, tudo isso já deveria estar funcionando há pelo menos um mês. "Falta a ligação do aparelho que faz a drenagem a vácuo e injeta o ar. Estamos na fase final e acredito que mais 15 dias termina tudo", afirmou Roberto Gomide.

Um fator que tem ajudado o Corinthians é que o clima na cidade de São Paulo não tem estado muito quente e, mesmo quando faz calor, durante a noite a temperatura cai um pouco e isso colabora para a grama de inverno não sofrer tanto. "Foi feito um projeto para a grama conseguir sobreviver. O equipamento já está na sala correta e estão sendo feitas as adaptações e instalação da energia elétrica. O risco acontece sempre, mas temos ferramentas de controle para ter precisão maior".

Roberto Gomide lembra que a grama é um ser vivo e está sujeita às condições climáticas e pragas. "Em todo gramado é assim. Pode haver ataque de doença, é preciso irrigação, manutenção constante, com gente qualificada. O nosso trabalho é diário. Posso dizer que o gramado está forte e estamos otimistas. Todo final de obra atrasa, é normal, mas pegaram o gramado como sendo patrimônio", revelou Gomide, que tem contrato para cuidar do gramado até o final da Copa de 2014.

Recentemente, representantes da Fifa estiveram na Arena Corinthians e aprovaram o gramado (Foto: Divulgação)

Reforço

Outro item que está atrasado é a injeção de grama sintética no campo, que garante que ele fique mais firme. Pela programação do Corinthians, a equipe já deveria ter feito um treino oficial no estádio, mas sem esse procedimento no campo fica inviável, pois pode ocorrer de pedaços de grama se soltarem com a atividade.

Para fazer o reforço, uma máquina especial faz uma espécie de costura na grama natural e o serviço deve começar em breve. "A grama está bem forte, mas precisamos iniciar esse trabalho. O pessoal da empresa Desso vem da Europa para fazer isso e eles devem começar em breve", disse Gomide. "O campo está estabilizado. O máximo que pode acontecer é ter de fazer o ‘consórcio’ com outros tipos de grama, mas isso seria o plano B. No fundo, não contamos com isso", avisou.

Ele também espera que o Corinthians e a Odebrecht aceitem a proposta de instalação de ventiladores para melhorar a circulação do ar no gramado. "Estamos aguardando uma definição", concluiu.

Projeto aprovado

A Assembleia Legislativa aprovou na última terça-feira um projeto de lei que autoriza o governo do Estado a pedir até R$ 360 milhões emprestados para concluir obras viárias no entorno do estádio do Corinthians em Itaquera. Enviado para apreciação dos deputados em setembro, o projeto foi aprovado em caráter de urgência porque as obras precisam ser entregues em maio de 2014.

O dinheiro será aplicado na construção de viadutos, avenidas, passarelas e alças de acesso. A justificativa é que "durante os jogos da Copa do Mundo 2014, o conjunto de viadutos melhorará a locomoção dos torcedores que passam pela região", de acordo com o projeto de lei. Está prevista a construção de uma passarela (que será a maior de São Paulo), com 185 metros de extensão e 110 metros de vão livre, cujo objetivo é facilitar o acesso ao novo estádio.

O governo estadual alega que o conjunto de obras, chamado de Complexo Viário Polo Itaquera, vai atingir 2,4 milhões de habitantes do extremo leste de São Paulo e mais 5 milhões de moradores do leste da Região Metropolitana. O custo total é de R$ 530,2 milhões, sendo R$ 132,3 milhões pagos pela Prefeitura.

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