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Ceni explica fúria no vestiário, nega atritos e vê elenco motivado no SP

O comandante são-paulino explicou o incidente no qual atingiu, sem querer, Cícero com um pedaço de uma prancheta

Folhapress

Publicado em 19/05/2017 às 19:00

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O comandante são-paulino explicou o incidente no qual atingiu, sem querer, Cícero com um pedaço de uma prancheta / Divulgação

Sob frio e chuva no CT da Barra Funda, Rogério Ceni falou pela primeira vez desde o vazamento de uma forte bronca dada nos jogadores no intervalo do clássico do Corinthians, pelas semifinais do Paulista. O comandante são-paulino explicou o incidente no qual atingiu, sem querer, Cícero com um pedaço de uma prancheta, negou qualquer tipo de problema com seus atletas e disse que os jogadores estão alegres e motivados para reverter o mau momento.

"Com relação o que aconteceu, eu sempre falo a eles que falem a verdade. O problema é que são colocadas mentiras, que eu atirei uma prancheta. Não é isso, entrei nervoso no vestiário e tem um quadro, onde a gente mexe os botões para explicar tática. Dei um chute no quadro, verdade, mas eu nem vi que um pedaço caiu no colo [de Cícero]. Nem estava falando com ele na hora. Eu que pedi que o Cícero viesse ao São Paulo, tenho ótima relação com ele", explicou Ceni.

O ex-goleiro disse que o incidente sequer gerou discussão naquele momento. Admitiu que deu uma bronca em alguns jogadores, sim, algo que considera natural já que o time perdia um clássico.

"Tem sempre bastante gente no vestiário, é natural que alguém passe uma ou outra informação. Também é natural que vocês explorem isso, mas não houve nenhum atrito, não joguei prancheta em ninguém. Acho que nem tenho a habilidade de conseguir chutar uma prancheta em alguém. Isso é normal dentro do mundo do futebol, anormal é a tentativa de criar alguma polêmica em cima disso. O trabalho de administrar pessoas é algo bem feito aqui, mas quando o resultado não vem, acaba-se explorando factoides. Chutei a prancheta, sim. Caiu no colo do Cícero, sim. Sequer discutimos, sequer conversamos naquela hora. Cobrei sim os jogadores, estávamos perdendo para o Corinthians e esse é meu trabalho".

CRÍTICAS E VAZAMENTOS

"Tento ser o mais profissional possível, trabalhar dentro do campo de jogo, que está ao meu alcance. Procuro tratar vocês com respeito, atender às perguntas pós-jogo independente do resultado. Entendo o trabalho de vocês de tirar o máximo, acrescentar detalhes a histórias até fictícias às vezes. Assisto muito pouco, televisão vejo muito pouco. Essa ultima semana especialmente o Michael não está por aqui. Precisa preparar o time porque precisamos de vitória."

PREPARAÇÃO FÍSICA

"Os atletas que normalmente tiveram lesões, ficaram parados, isso causa defasagem física. Os que estavam um pouco abaixo treinaram para evoluir. Todos tentam se aprimorar e melhorar, todos os dias. Se dedicou bastante, infelizmente não fizemos um bom placar."

PSICOLÓGICO

"Treino bastante intenso ontem [quinta], o primeiro treino na sequência que a gente faz, demos folga na quarta para quebrar a sequência, dar um dia de descanso. Hoje [sexta] uma pena, oito horas da manhã o campo já estava encharcado, tem que tomar cuidado para não ter lesão. Estão todos de bom astral, felizes, que a gente precise levar essa confiança e motivação do treinamento pro jogo. Todos estão felizes, alegres, trabalham em um grande clube, com toda a infraestrutura, precisa levar isso pro jogo."

LESÕES

"Se eu tivesse os jogadores que estão no departamento médico, Wellington Nem, Morato, Wesley, Araruna, já seria um leque enorme para escalar e substituir. As mudanças no brasileiro são mais pontuais do que no Paulista, depende das circunstâncias que você se encontra no Campeonato."

VITÓRIA

"Ganhar do Avaí dentro de casa pode trazer paz momentânea, mas acho que o torcedor e vocês, por ser no Morumbi, cria expectativa de uma vitória. Brasileiro todos os jogos são complicados, difíceis. Corinthians empatou com a Chapecoense em casa. Trabalhamos sempre rumo à vitória, mas sabendo que sempre tem adversários difíceis. Acho que é algo que temos que buscar, não muda absolutamente nada. Sábado temos clássico, e vamos em busca do resultado positivo."

EXPOSIÇÃO

"Normal, exposição sempre existiu, pro bem e pro mal. Julgamentos para coisas boas, que foram colocadas como grandes feitos, e coisas ruins. A culpa sempre é do treinador, que continue assim, a culpa dos momentos ruins sendo minha, e que eles [jogadores] possam ficar felizes nos momentos bons."

ROTINA

"Eu por exemplo cheguei 7h45, ontem [quinta] fui embora 16h30. Desenho os treinos, programo eles pela manhã, normalmente. São filmados, passados em alta definição depois para eu ter guardado, tenho uma pasta com os desenhos. Tenho que ver o adversário, pensar nas bolas paradas, conversar com atletas, passar na fisioterapia. Passo seis a oito horas no CT por dia, em média."

CRÍTICAS

"Não, não abala a confiança no meu trabalho não. Sei o que é feito todo dia, sei o grupo de jogadores. No Paulista chegamos à semifinal, só tinha mais um passo, que era a final, 17 clubes ficaram com a gente. Copa do Brasil foi um duelo com um time expressivo também, o Cruzeiro, fizemos dois bons jogos, eles levaram a vantagem. Agora teve a eliminação contra o Defensa y Justicia, que é uma equipe bem arrumada. Saímos na frente, não conseguimos sustentar o placar. Isso traz pressão extra, e é um prato cheio para comentários que não sejam tão elogiosos. Não apresentamos, no último mês, raras exceções, um futebol digno de elogios. Vamos melhorar nosso nível de jogo para trazer elogios."

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