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Carlinhos decide e Corinthians conquista sua décima Copinha

O título consagra uma campanha perfeita do Alvinegro, que fecha um ciclo de quatro anos sob o comando de Osmar Loss

Gazeta Press

Publicado em 25/01/2017 às 18:07

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O Corinthians conquistou a sua décima Copinha / Fernando Dantas/Gazeta Press

O Corinthians martelou, pressionou e usou de todos os artifícios que tinha para superar a bem postada e dedicada defesa do Batatais. Alguns sustos, bolas na trave e chances perdidas depois, porém, o clube do Parque São Jorge só conseguiu furar o bloqueio quando o artilheiro Carlinhos apareceu. Primeiro de cabeça, aos 42 minutos da etapa final, marcando seu 11º gol na Copinha, depois servindo Marquinhos, no lance seguinte, para fazer o segundo. Ainda antes do fim, Douglas diminuiu para fazer o de honra da equipe interiorana.

O título consagra uma campanha perfeita do Alvinegro, que fecha um ciclo de quatro anos sob o comando de Osmar Loss no torneio com chave de ouro. No clube desde o segundo semestre de 2013, ele participou das edições de 2014, 2015, 2016 e 2017, chegando em todas as finais e conquistando dois títulos. Além disso, foram 31 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota, totalizando um aproveitamento de 94% dos pontos.

Após mais um ciclo de sucesso com as categorias de base, Loss será promovido ao profissional. Lá vai exercer a função de auxiliar de Fábio Carille, um pedido do novo treinador. A ideia é que o profissional ajude também na transição de alguns desses atletas para a equipe de cima, pedido expresso de parte da diretoria e clamor da torcida. O volante Mantuan e o centroavante Carlinhos, a princípio, são os únicos garantidos.

Corinthians domina, mas esbarra na ansiedade

O estádio do Pacaembu pareceu se preparar para um show corintiano logo na primeira etapa, com a torcida aplaudindo efusivamente o quarteto ofensivo formado por Pedrinho, Fabrício Oya, Marquinhos e Carlinhos. Desses, porém, apenas Fabrício e Marquinhos conseguiram mostrar o mesmo nível apresentado durante o restante da competição, orquestrando todas as ações alvinegras.

Apesar de ficar sempre com a posse de bola, o Timão esbarrou inicialmente na boa marcação do time do interior paulista, apostando em uma linha de três zagueiros, com José Neto acompanhando Carlinhos onde quer que o centroavante corintiano fosse. Dessa forma, o primeiro lance de perigo  veio aos 15 minutos, em uma bola parada. Fabrício Oya cobrou a infração, na entrada da área, e mandou rente à trave direita de Gerson, que apenas torceu para a bola sair.

Confiante pela boa marcação, o Batatais se arriscou no ataque aos 25 minutos, quando João apareceu frente a frente com Filipe, mas mandou por cima do gol. Na resposta, Fabrício lançou Samuel na ponta direita e o lateral cruzou rasteiro. Carlinhos apareceu para fazer o gol, mas Gerson desviou e tirou o atacante da jogada. Até aquele momento, o arqueiro do time vermelho não havia feito nem uma defesa difícil.

O cenário mudou, porém, aos 40 minutos. Primeiro Marquinhos desceu em velocidade pela esquerda, limpou a marcação e cruzou para Carlinhos. O camisa 9 pegou mal, a zaga afastou parcialmente e Pedrinho apareceu para fazer o gol, mas Igor Tostes tirou para escanteio. Na cobrança, confusão na área e a bola sobrou para Marquinhos, que isolou. Sem esmorecer, o Batatais respondeu na sequência, com Everton cabeceando após falta da intermediária e obrigando Filipe a fazer boa defesa.

Antes do intervalo, o Timão teve mais três chances claras de marcar, mas novamente esbarrou na ansiedade para definir logo. A primeira veio com Carlinhos, que recebeu livre na área, porém demorou a chutar e foi desarmado. No escanteio subsequente, Thiago cabeceou no travessão após lançamento de Pedrinho. Sem deixar a bola sair do ataque, os corintianos rodaram até que Mantuan, na entrada da área, chutou forte, pouco acima do travessão adversário.

Segundo tempo consagra Carlinhos

O segundo tempo parecia que ia seguir o ritmo imposto pelo Timão no primeiro tempo, sempre com a posse de bola e apostando na bola aberta pelas pontas. Pedrinho, que ficou bastante apagado na etapa inicial, chamou a responsabilidade logo aos seis minutos e colocou Carlinhos na cara do gol, com lindo passe em profundidade. O centroavante nem dominou e bateu de primeira, parando em boa defesa de Gerson.

O time do interior, no entanto, passou a sair mais de trás, apostando em bolas rápidas para Douglas Pote, melhor jogador em campo pelo lado vermelho. Em escapada pela esquerda, aos 15 minutos, ele conseguiu deixar Murilo em ótima condição dentro da área. Seu companheiro, no entanto, não conseguiu dominar, demorou a finalizar e acabou desarmado em cima da hora por Luisinho.

Sofrendo para fazer seu gol, o técnico Osmar Loss apostou nas entradas de Matheus e Guedes nos lugares de Samuel e Fabrício Oya, até então seu melhor organizador de jogadas. Sem um “10”, o time passou a apostar nas bolas alçadas dentro da área. Aproveitando-se do cansaço do Batatais, o Corinthians conseguiu chegar seguidamente à linha de fundo, mas nunca aparecia alguém apto a finalizar.

Isso até os 42 minutos, quando a receita se repetiu. Pedrinho acionou Marquinhos na direita, o garoto cruzou na medida e Carlinhos, livre de marcação, cabeceou para o chão, sem chances para Gerson. Na saída de bola, em meio à euforia geral no Pacaembu, Marquinhos roubou a bola, tabelou com Carlinhos e chutou na saída do goleiro. Gerson chegou a tocar na bola, mas não conseguiu evitar o segundo.

Quando tudo parecia decidido, Douglas Pote aproveitou desatenção da zaga, encantada com a festa da torcida, e tocou por cima do goleiro Filipe, diminuindo o placar aos 47. Como os acréscimos fizeram o tempo correr até os 54, a festa se misturou a uma certa tensão até o apito final do juiz, decretando a décima taça da Copa São Paulo para o clube, maior campeão do torneio.

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