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Conhecido pelo desempenho instável dentro de quadra, Thomaz Bellucci protagonizou em menos de duas semanas, neste início de temporada, um grande momento na Copa Davis e uma frustrante decepção no Brasil Open. O ponto alto aconteceu na vitória sobre o norte-americano John Isner, ex-Top 10 (hoje é o 16º colocado), no dia 1° de fevereiro. Já o revés ocorreu na última quinta-feira, diante do italiano Filippo Volandri, atual número 88 do ranking.
Os resultados tão díspares reforçam a imagem instável do tenista brasileiro de 25 anos, que vem fazendo uma temporada irregular e sem grandes feitos. "Esse ano eu não consegui me encontrar", admite Bellucci, que ocupa o 35° lugar da lista da ATP. "Realmente neste ano eu não consegui obter regularidade muito grande. Não consegui me sentir muito bem nos primeiros jogos do ano."
Em 2013, Bellucci já realizou sete partidas. Foram quatro derrotas e três vitórias. Em três torneios disputados, ainda não conseguiu acumular dois triunfos consecutivos. Sua grande chance era no Brasil Open, competição de nível ATP 250, do qual já foi vice-campeão em 2009. Mas, mesmo jogando em casa, o brasileiro desperdiçou a chance de brigar por novo título.
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O resultado negativo até rendeu vaias dos torcedores presentes no Ginásio do Ibirapuera. Mesmo porque, Bellucci carregava a esperança de vitória em São Paulo, principalmente pela vitória sobre John Isner no início do mês. Em duelo apertado na Copa Davis, ele surpreendeu a torcida norte-americana em Jacksonville ao derrubar o rival de 2,08 metros de altura em uma batalha de cinco sets - apesar da vitória, o Brasil foi derrotado por 3 a 2 na primeira rodada do Grupo Mundial.
"Fui para os Estados Unidos e fiz um bom jogo com o Isner. Lá joguei o meu melhor tênis. Voltei a me sentir bem dentro de quadra", comentou Bellucci. O brasileiro, porém, sentiu a pressão de jogar em casa e quase foi eliminado na estreia em São Paulo. "Chegar aqui nesta semana não foi fácil para mim. Não fiz uma boa primeira rodada", reconheceu, após levar um susto do compatriota Guilherme Clezar, de apenas 20 anos - o novato havia saído do qualificatório e exigiu três sets na partida antes de ser derrotado pelo número 1 do Brasil na terça-feira.
Apesar do início de ano de altos e baixos, o brasileiro não desanima. E projeta crescimento nos próximos torneios. "Tenho que seguir trabalhando. Carreira de tênis é assim, saber lidar com as derrotas", afirmou Bellucci, que disputa sua nona temporada como tenista profissional. Na sequência do calendário, ele competirá no saibro de Buenos Aires, na Argentina, e de Acapulco, no México.
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