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Depois do apito final e o empate em 0 a 0 entre Santos e Grêmio, em Porto Alegre, Aranha foi o alvo principal dos jornalistas à beira do campo. O goleiro parou para falar com os repórteres mostrando bastante tranquilidade, mas sem negar sua decepção com os torcedores gremistas que o vaiaram o tempo inteiro. Na visão do camisa 1, as vaias não eram vaias normais de jogo.
“Fiquei triste porque deu para ver qual é o pensamento do torcedor gremista, não foi só a garota, ela que está pagando, tinha muita gente se manifestando contra a minha atitude, sendo que o que fiz foi relatar ao árbitro, é a justiça, é lei, a punição às vezes serve para ensinar”, disse Aranha, antes de completar. “Eu, sinceridade, esperava ser recebido de outra maneira. Porque via os gremistas repudiando e não concordando. Mas pelo que vi hoje eles concordam hoje com tudo”.
Independente de ter sofrido com a pressão das arquibancadas e ter se chateado com a recepção do torcedor adversário, Aranha deixou claro que não pretende mudar sua postura diante do caso.
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“Cobraram muito o perdão de mim, mas deles não teve perdão. Muita gente morreu e sofreu para diretos prevalecerem hoje. Tem gente que acha errada as atitudes, paciência. Vim, joguei, conseguimos um ponto contra uma equipe fortíssima”, contou o goleiro.
Por fim, ao ser questionado por um repórter sobre as fortes vaias que sofrera durante todo o confronto desta quinta-feira, aliás, desde o aquecimento, Aranha foi incisivo. “Não ligo para vaias, manifestação, desde que seja do esporte, e, sem ser hipócrita, todos sabem que hoje foi diferente”, falou o jogador do Santos para, em seguida, ser retrucado pelo repórter sobre a diferença entre as vaias. “Você sabe porque. Por que foi diferente? Por tudo o que aconteceu no outro jogo, ou não foi? Você concorda? Ha, você não tem? (opinião)”, encerrou o atleta, deixando os jornalistas e partindo para o vestiário claramente contrariado.