19 de Março de 2024 • 07:20
Arquivo/Agência Brasil
O Brasil alcançou conquistas importantes nos últimos 30 anos, mas ainda enfrenta problemas para garantir todos os direitos a cada criança e adolescente. Em comemoração ao 30º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou nesta semana um relatório com os principais avanços e desafios enfrentados por meninas e meninos brasileiros.
O levantamento aponta que 95,3% das crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos frequentam regularmente a escola. Mas, segundo o chefe de comunicação da Unicef, Michael Klaus, cerca de 2 milhões de crianças ainda não estão estudando.
“Baixou muito o número das crianças fora da escola. Hoje, estimamos que basicamente 2 milhões de crianças não estão na escola; sobretudo, na faixa etária mais alta, de 15 e 16 anos, e também crianças jovens, de 4 e 5 anos, quando não tem creches. Então, ainda fica um grave problema, mas comparado com 1990, a situação melhorou muito”, destaca.
Klaus ressalta ainda que outra grande preocupação é com a qualidade da educação das crianças brasileiras.
“Em muitos casos, as crianças estão na escola, muito bem, mas não aprendem muito. E isto, obviamente, é um problema. Acabamos de analisar os dados oficiais e, por exemplo, no ano passado, havia mais de 3 milhões de estudantes de escolas estaduais e municipais que foram reprovados ou que abandonaram a escola no Brasil. Então, isso nos diz que a qualidade na educação em muitos casos não é o suficiente”, conta.
O estudo mostra também que a violência se tornou um problema abrangente para os jovens, principalmente os que pertencem a minorias étnicas ou grupos vulneráveis.
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