X

Educação

Escolas que não cumprirem 'a ética e moral da família' poderão ser denunciadas

A ministra Damares Alves (Direitos Humanos) disse nesta terça-feira (19) que um canal de denúncias está sendo formatado em parceria com o MEC (Ministério da educação) para receber queixas de conteúdos que possam ser considerados inadequados nas escolas.

Da Reportagem

Publicado em 20/11/2019 às 15:35

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

A ministra Damares Alves (Direitos Humanos). / Divulgação/ONU

A ministra Damares Alves (Direitos Humanos) disse nesta terça-feira (19) que um canal de denúncias está sendo formatado em parceria com o MEC (Ministério da educação) para receber queixas de conteúdos que possam ser considerados inadequados nas escolas.

"O que nós queremos é tão somente o cumprimento da lei", afirmou ela a jornalistas, fazendo referência a Convenção Americana de Direitos Humanos, o Pacto de San José da Costa Rica, do qual o Brasil é signatário.

"Lá está dizendo que a escola não pode ensinar nada que atente contra a moral, a religião e a ética da família. A família precisa ser ouvida." 

Segundo Damares, o canal será anunciado em breve e será conduzido pelo Ministério da Educação. Questionada sobre o papel da sua pasta, ela disse que será o de conversar com as famílias, sem entrar em detalhes de como isso será feito.

Ela também não explicou em que formato funcionará o canal  – se pela internet, via telefone ou outra forma – e não citou previsão para a implementação, mas disse que deve ocorrer ainda este ano. O MEC não retornou o contato da reportagem para comentar sobre o tema. 

A ministra havia falado sobre o canal de denúncias na segunda-feira, ao compartilhar, no Twitter, uma reportagem do site Metrópoles sobre o caso de um professor de Brasília que teria ensinado sobre sexo anal e oral a alunos do sexto ano e pedido uma redação a respeito do tema.

"Tudo o que nós queremos: bom senso. Foi um episódio de um educador, esse rapaz pode estar doente, perturbado, não está bem orientado, foi um episódio isolado. O que nós queremos é que episódios como esse não aconteçam mais", disse em Belo Horizonte.

Segundo Damares, o objetivo é trabalhar uma parceria entre escola e família, onde cada um esteja ciente de seu "dever e papel". Ela garantiu que o objetivo não é punir educadores e que não será instaurada "uma guerra contra a escola".

"Não existe aqui nenhum governo radical, opressor, que vai proibir falar desses temas, obedecendo o material didático certo, a idade certa e a forma certa de falar", explicou.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Caminhão bate em árvore e tomba no Morro Santa Teresinha em Santos; veja vídeo

Causa do acidente ainda está sendo investigada. Motorista ficou ferido e precisou ser socorrido

Cotidiano

Baixada Santista confirma sétima morte por dengue

A vítima é uma mulher de 49 anos, que morreu no último dia 3

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter