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O dólar encontrou nesta quinta-feira, 4, dois fortes motivos para avançar ante o real. O comunicado da decisão do Copom, deixando a porta aberta para uma alta de juros menor em janeiro ou no máximo uma elevação de 0,5 ponto porcentual, fez a moeda americana ter ganhos firmes no início do dia. E, depois disso, o impulso foi retomado após decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e comentários do presidente da instituição, Mario Draghi.
Em mais uma sessão bastante volátil, o dólar à vista subiu 1,21%, aos R$ 2,5860. A moeda para janeiro superou os R$ 2,60 e terminou em alta de 1,48%, aos R$ 2,6095.
A pressão inicial de alta para o dólar foi dada pelo Copom. A decisão do comitê em elevar a Selic em 0,5 ponto porcentual, para 11,75% ao ano, foi bem-recebida pelo mercado, mas gerou ajustes na manhã de ontem.
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Em seu comunicado, o Copom "avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia". Na visão do mercado, isso pode significar até mesmo uma alta menor da Selic, de apenas 0,25 ponto em janeiro.
Em reação, os investidores em dólar começaram o dia ajustando posições, em busca da moeda americana. "O pessoal não gostou da redação da ata. Ontem, chegaram a puxar as apostas para o 0,75 ponto e hoje foi preciso ajustar", comentou um profissional de corretora.
Às 10h45, saiu a decisão do BCE, que manteve as taxas de juros na zona do euro, Ao contrário do que parte do mercado esperava, também não houve nenhum anúncio de relaxamento quantitativo na região, o que ajudou a justificar o viés de alta para a moeda americana no Brasil.
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