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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a sua estimativa para a expansão do PIB para este ano está "entre 2,3% e 2,5%". Segundo ele, não se trata de uma revisão, mas sim de uma previsão, que não é precisa. "A gente vai revendo esse número à medida que temos resultados concretos. É entre 2,3% e 2,5%", apontou. "Na LDO, nos instrumentos oficiais, não podemos mudar (a projeção) toda hora. Lá está em 2,5%. Então, é algo (ao redor)", disse, após palestra em evento promovido nesta segunda-feira, 28, pela revista Brasileiros.
De acordo com o ministro, o Brasil cresceu 17,7% de 2008 a 2013. Isso porque "procuramos manter políticas de desenvolvimento da economia", acrescentou, dizendo que o Brasil é o quinto ou sexto pais que mais cresceu de 2008 a 2013.
"Projetamos crescimento perto de 2,5% em 2014 e de 3% em 2015", previu o ministro. Segundo ele, nos últimos 11 anos o governo criou 20 milhões de empregos, com melhoria da distribuição de renda. "Em outros países, a desigualdade aumentou, como na Suécia e EUA."
"Com as desonerações foi gasto pouco e foi retomada a produção da linha branca, de carros e material para construção", destacou Mantega. "Contudo, a desoneração de tributos para o consumo é sazonal e já foi retirada, não há estímulos."
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"Temos tido política de redução de tributos, mesmo porque a carga é alta. Gradualmente tem que reduzir tributos para a produção, para reduzir o Custo Brasil", acrescentou.
Mantega afirmou que "o crédito para o consumo no Brasil nunca esteve tão escasso", embora a inadimplência esteja baixa, em torno de 4,5%. "Sem restrição do crédito, o PIB estaria crescendo perto de 3%."
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O ministro também destacou que o governo está negociando com o governo da Argentina a retirada de barreiras para as vendas de carros produzidos no Brasil para o país vizinho.
Crédito
Segundo Mantega, a queda da inadimplência deve propiciar uma tendência de melhora da concessão de financiamentos pelas instituições privadas. "Pedimos aos bancos públicos que, na falta de crédito privado, eles entrassem em ação. Quero mais é que o crédito privado dos bancos aumente."
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Ele ressaltou que só o crescimento da massa salarial não é suficiente para aumentar o consumo do País, mas é fundamental o aumento dos investimentos, política que o governo já está executando em várias frentes. Ele destacou os programas de Aceleração do Crescimento, o Minha Casa, Minha Vida e as concessões públicas para projetos em infraestrutura.
O ministro afirmou que o Brasil está se preparando para um novo período de expansão do PIB, que pode ter um avanço médio de investimentos de 7% ao ano até 2022, o que viabilizará um crescimento médio do País de 4% até aquele ano. "Grandes empresas do País se preparam para o novo ciclo de expansão da economia."
Na avaliação de Guido Mantega, o governo não beneficia setores específicos da economia, mas estimula segmentos industriais que são muito importantes para a geração de empregos.
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