Economia

Isenções fiscais no Litoral de SP somam R$ 661 milhões e alcançam 446 empresas

Levantamento com dados da Receita Federal aponta renúncia fiscal entre janeiro e agosto de 2025 como estratégia para estimular investimentos e empregos

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 31/12/2025 às 08:02

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Ao todo, 446 empresas com atuação na Baixada Santista foram beneficiadas pelos incentivos no período analisado / Divulgação/PMG

Continua depois da publicidade

Os municípios da Baixada Santista registraram, juntos, R$ 661.083.634,76 em isenções fiscais entre janeiro e agosto de 2025.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O dado consta em um levantamento elaborado a partir de informações oficiais da Receita Federal do Brasil, disponibilizadas no Portal de Dados Abertos do Governo Federal.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Famosa cidade portuária entra no top 15 de SP em geração de empregos formais em 2025

• Aluguel nas alturas: Santos entra no top 5 das cidades mais caras do Brasil para morar

• Prepare o bolso: dois impostos inéditos vão aparecer na sua nota fiscal em 2026

O valor corresponde à renúncia fiscal — recursos que deixaram de ser arrecadados pelos cofres públicos em razão de benefícios tributários concedidos a empresas, com foco em estimular investimentos, fortalecer a atividade econômica e preservar empregos na região.

Veja também: Nova isenção de imposto pode render mais de R$ 4 mil a trabalhadores do Litoral de SP

Continua depois da publicidade

Mais de 400 empresas beneficiadas

Ao todo, 446 empresas com atuação na Baixada Santista foram beneficiadas pelos incentivos no período analisado. A distribuição por município mostra concentração nas cidades com maior atividade econômica e logística:

  • Santos: 213 empresas
  • Guarujá: 71
  • Praia Grande: 52
  • São Vicente: 47
  • Cubatão: 21
  • Mongaguá: 14
  • Itanhaém: 12
  • Peruíbe: 9
  • Bertioga: 7

Especialistas explicam que a renúncia fiscal não ocorre de forma linear ao longo do ano. Os incentivos dependem da adesão a programas específicos, do cumprimento de contrapartidas e da ocorrência do fato gerador do tributo, o que faz com que algumas empresas registrem benefícios apenas em determinados meses.

Veja também: IPVA: Governo de SP isenta imposto para motos de até 180 cilindradas a partir de 2026

Continua depois da publicidade

Instrumento de política econômica

Para Mafrys Gomes, sócio do Grupo MCR Contabilidade e Auditoria, a renúncia fiscal deve ser analisada como uma ferramenta estratégica de desenvolvimento econômico.

“A renúncia fiscal não representa simplesmente uma perda de arrecadação. Ela é um mecanismo utilizado para estimular setores produtivos, atrair investimentos e preservar empregos. No caso da Baixada Santista, esse volume de recursos indica uma política voltada ao fortalecimento da economia regional”, avalia.

Segundo o especialista, o cenário regional acompanha uma tendência nacional. “Em nível Brasil, o volume de renúncias fiscais previstas para 2025 é expressivo, o que mostra que esse instrumento faz parte da estratégia econômica do país. Os dados da Baixada Santista seguem essa mesma lógica, respeitando as legislações locais e os critérios para concessão dos benefícios”, completa.

Continua depois da publicidade

O levantamento reforça o peso da Baixada Santista na economia paulista e evidencia como incentivos fiscais seguem sendo utilizados como alavanca para competitividade, geração de empregos e atração de investimentos na região.

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software