X

Economia

Ipea prevê crescimento da economia de 1,1% este ano e 3% em 2018

Na visão do instituto, as projeções de crescimento de 1,1% para o PIB deste ano se baseiam na expansão da agricultura, do consumo privado, das exportações líquidas e estoques

Agência Brasil

Publicado em 21/12/2017 às 00:31

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Ipea prevê crescimento da economia de 1,1% este ano e 3% em 2018 / Agência Brasil

O Brasil deverá manter para o próximo ano a continuidade do processo de “recuperação cíclica” da economia, com o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas) fechando 2018 com expansão de 3%.

Essa e outras previsões constam da seção Visão Geral da Carta Conjuntura 37ª, com previsões da economia para o próximo ano, que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) está divulgando hoje (20).

Nela, ele condiciona a continuidade do atual processo de recuperação cíclica da economia, apontando para uma trajetória de convergência gradual rumo a uma situação de crescimento sustentado, ao equacionamento “de modo crucial” da questão fiscal no país.

Para o Ipea, apesar das dificuldades correntes de aprovação, no Congresso Nacional, de medidas fundamentais do ajuste fiscal - em particular a reforma da Previdência – o ambiente externo continuará “provendo liquidez suficiente durante o período de transição, enquanto as medidas de ajuste não forem adotadas”.

No estudo, o Ipea procura traçar um panorama do cenário econômico atual no Brasil, com projeções para PIB, inflação, câmbio, exportações, importações, juros, investimentos, indústria, serviços, agropecuária, consumo das famílias e consumo do governo.

Na visão do instituto, as projeções de crescimento de 1,1% para o PIB deste ano se baseiam na expansão da agricultura, do consumo privado, das exportações líquidas e estoques.

“Já o crescimento de 3% projetado para 2018 deve se justificar pelo avanço da indústria e do setor de serviços, e pelos gastos privados de consumo e investimento”, diz o documento.

Em sua publicação sobre as projeções da economia para os próximos meses e para o fechamento de 2018,  economistas do Ipea projetam uma inflação de 2,9% para 2017 e de 4% em 2018.

“Com a queda da inflação e as expectativas para o futuro ancoradas, ao final de 2018, em nível próximo da meta de 2019 (4,25%), espera-se que o Banco Central conclua o atual ciclo de afrouxamento monetário no começo de 2018 e mantenha a meta da taxa Selic no patamar de 6,75% ao ano até o final do ano”.

PIB deve crescer

A avaliação do Grupo de Conjuntura é que o PIB venha a crescer 2,3% neste quarto trimestre do ano em relação ao mesmo trimestre de 2016.

Pela ótica da oferta, a avaliação é de que “todos os componentes devem apresentar taxa de crescimento positivo em relação ao quarto trimestre de 2016: 2,7% para a indústria, 2% para os serviços e 0,4% para a agropecuária. A agropecuária cai em relação ao terceiro trimestre de 2017, mas a indústria e os serviços crescem”.

Já pela ótica da despesa, a previsão é que o consumo das famílias deve crescer 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, e o investimento agregado deve apresentar crescimento de 2,9% na mesma base de comparação – primeira variação positiva desde o primeiro trimestre de 2014.

“Espera-se que as exportações líquidas também contribuam positivamente para o crescimento: aumento de 6,3% das importações e de 12,9% das exportações. O único componente a apresentar queda em relação ao quarto trimestre de 2016 é o consumo do governo, que deverá retrair 0,8%” analisa o documento.

Importações podem aumentar 7,8%

O Ipea espera “crescimento nulo” do consumo público em 2018. É aguardado, ainda, um aumento mais forte das importações (7,8%) e das exportações (4,3%). “Esta elevada taxa de crescimento das importações é condizente com a expansão da renda doméstica e do investimento ao longo do ano”.

Apesar das elevadas taxas de desemprego, com o país registrando mais de 12 milhões de pessoas desocupadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a Visão Geral da Carta de Conjuntura é de que os dados “apontam que um dos suportes para a recuperação em curso [da economia] tem sido o mercado de trabalho”.

“A taxa de desemprego caiu de 13,7% no primeiro trimestre de 2017 para 12,2% no trimestre encerrado em outubro. Sem ignorar que a taxa de desemprego ainda é muito elevada, e que ainda há 12,7 milhões de pessoas em busca de trabalho, cabe destacar que essa reversão vem ocorrendo mais rapidamente que o esperado”, finaliza o estudo.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Cachorros são resgatados em condomínio após denúncia de maus tratos, em Bertioga

Segundo a Prefeitura, os animais estavam presos em um condomínio na Avenida Anchieta, sem o tutor

Cotidiano

Vai atravessar? Mau tempo e maré baixa elevam tempo de espera na balsa

As balsas são gratuitas para ciclistas. Idosos e pessoas com deficiência têm embarque prioritário

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter