INSS 2026: O que muda nas aposentadorias, reajustes e no pagamento de benefícios

O cenário da Previdência Social no Brasil deverá passar por transformações em 2026 devido aos gastos que podem ultrapassar, pela primeira vez, a marca de R$ 1 trilhão. De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual, o custo total está projetado em R$ 1,072 trilhão, algo que representa um salto de R$ 87 bilhões em relação a 2025.

Esse crescimento recorde será impulsionado por uma combinação de reajustes anuais, concessão de novos benefícios e, principalmente, decisões recentes do Judiciário que ampliam o acesso a pagamentos da autarquia.

Mudanças para gestantes

Uma das mudanças mais significativas para o próximo ano atinge diretamente as gestantes após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O governo terá que adaptar o fluxo de caixa para o novo auxílio-natalidade, que teve sua carência drasticamente reduzida.

Antes, eram necessárias dez contribuições para garantir o direito, mas agora basta apenas uma única contribuição para que a segurada tenha direito ao pagamento integral do benefício. Essa medida deve elevar o número de concessões automáticas já nos primeiros meses de 2026, facilitando o acesso em um momento crítico para as famílias.

Aposentados e pensionistas

Já os aposentados e pensionistas que recebem acima do salário mínimo, o ano de 2026 começa com a expectativa de um reajuste de 4,66%. Embora o índice oficial dependa do fechamento da inflação de dezembro, o governo já antecipou essa projeção, com confirmação marcada para o dia 9 de janeiro.

Benefícios para vítimas de golpes

Além do aumento real nos proventos, o INSS prepara uma operação logística para corrigir injustiças cometidas nos últimos anos. Um levantamento minucioso identificou quase 800 mil herdeiros de beneficiários falecidos que foram vítimas de golpes e descontos indevidos por associações entre 2020 e 2025. Esses herdeiros agora poderão se habilitar para receber o reembolso de valores que foram retirados sem autorização das folhas de pagamento.

Diante dessas mudanças, o governo se apressa para oficializar os números antes do recesso do Congresso Nacional, buscando garantir que a estrutura do INSS suporte o aumento da demanda por serviços e fiscalização.

O ano de 2026 promete ser um marco pelo volume financeiro envolvido e pela tentativa de equilibrar a sustentabilidade fiscal com o cumprimento de novas ordens judiciais que buscam proteger a dignidade do segurado e reparar danos causados por fraudes sistêmicas na rede previdenciária.