Economia

Inadimplência cresce há 12 meses seguidos em Santos e supera média nacional em agosto

Dívidas bancárias representam mais de 80% dos registros na economia santista, onde cada inadimplente acumula 2,27 contas em aberto

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 18/09/2025 às 10:38

Atualizado em 18/09/2025 às 11:51

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O valor médio das dívidas por consumidor negativado em agosto foi de R$ 6.288,36 / Freepik

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Santos, a maior cidade do Litoral Paulista, completa 12 meses consecutivos de alta na inadimplência. O levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgado pela CDL Santos Praia, aponta que entre agosto de 2024 e agosto de 2025 o índice subiu 7,63%.

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O último mês em que houve queda foi agosto de 2024, com recuo de 0,71%. Desde então, os números voltaram a subir, chegando a um aumento de 0,75% em agosto de 2025 frente a julho, acima da média da região Sudeste (0,68%) e do Brasil (0,71%).

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No comparativo de 12 meses, a região Sudeste registrou crescimento de 8,63% na inadimplência, enquanto o Brasil apresentou alta de 9,20%.

Endividamento em alta

Para o presidente da CDL Santos Praia, Nicolau Miguel Obeidi, o cenário é reflexo da crise econômica.
“Estamos com a inflação nas alturas, em torno de 15%, uma das maiores do mundo. Isso reduz o poder de compra da população e leva muitos a recorrerem a empréstimos bancários. O resultado é um ciclo de endividamento que prejudica o comércio, que já sofre com altos custos e baixa margem de lucro”, afirma.

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Perfil do devedor santista

Segundo a pesquisa, a faixa etária mais afetada é a de 50 a 64 anos (24,53%). A divisão por gênero mostra equilíbrio: 52,51% mulheres e 47,49% homens.

O valor médio das dívidas por consumidor negativado em agosto foi de R$ 6.288,36. Entre os devedores:

  • 23% deviam até R$ 500;

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  • 11,84% entre R$ 500,01 e R$ 1.000;

  • 18,89% entre R$ 1.000,01 e R$ 2.500;

  • 23,06% entre R$ 2.500,01 e R$ 7.500;

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  • 23,22% acima de R$ 7.500.

O tempo médio de atraso é de 29 meses, sendo que 36,71% permanecem inadimplentes entre 1 e 3 anos.

Mais dívidas em atraso

Em agosto, o número de dívidas em atraso em Santos cresceu 1,44% em relação a julho, superando a média do Sudeste e do Brasil (1,42%). No comparativo anual, o avanço foi de 14,81%, próximo ao registrado na região (15,94%) e no país (15,86%).

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Cada inadimplente em Santos acumula, em média, 2,270 dívidas em aberto — pouco abaixo da média do Sudeste (2,276) e acima da nacional (2,228).

Setores mais afetados

O setor bancário lidera o ranking das dívidas em Santos, com 80,83% dos registros. Na sequência aparecem:

  • Outros (8,60%)

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  • Comunicação (4,07%)

  • Água e Luz (3,96%)

  • Comércio (2,54%)

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