O faturamento das redes de franquias cresceu 9,1% no terceiro trimestre / Divulgação
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O faturamento das redes de franquias cresceu 9,1% no terceiro trimestre, alcançando R$ 76,607 bilhões. Todos os segmentos tiveram alta, com destaque para Limpeza e Conservação (14,5%), Saúde, Beleza e Bem-Estar (13,1%) e Alimentação Comércio e Distribuição (12,7%).
Mesmo com o ritmo mais lento da economia, o setor de franquias manteve o dinamismo, gerou empregos e ampliou receita. A Pesquisa Trimestral de Desempenho da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostra que o setor registrou crescimento nominal de 10,8% nos últimos doze meses e de 9,1% no terceiro trimestre.
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Este período combinou fatores macroeconômicos positivos, como menor inflação, alta taxa de emprego e melhora nos índices de confiança, com desafios como juros elevados e crédito restrito. Dentro do setor, o impulso veio da demanda por serviços, do maior interesse em lazer, entretenimento e turismo, além do foco das redes em eficiência e ajustes operacionais.
Desta forma, o faturamento total do franchising avançou de R$ 264,874 bilhões para R$ 293,535 bilhões no acumulado de 12 meses. Já no terceiro trimestre, em comparação com igual período do ano passado, o setor faturou R$ 76,607 bilhões.
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Segundo a ABF, o franchising brasileiro, hoje presente em 126 países, segue transformando regiões, gerando emprego e renda, e fortalecendo o empreendedorismo assistido.
"O sistema de franquias alia inovação, capacidade de adaptação em cenários adversos e força coletiva, o que está refletido nesse crescimento do terceiro trimestre deste ano. Crescemos acima da média do varejo e mantivemos nossa trajetória de longo prazo, apoiada em ganhos de eficiência na gestão, no fortalecimento das operações existentes e na capacidade de entregar valor ao consumidor", afirma Tom Moreira Leite, presidente da ABF.
A pesquisa também indica que as redes de franquias empregam diretamente 1,747 milhão de pessoas no período analisado, reforçando sua relevância para o mercado de trabalho nacional.
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O desempenho do trimestre também dialoga com estudo do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) e da Datrix, divulgado recentemente pela ABF, que destaca a imagem positiva do setor. O levantamento mostra que 78% dos entrevistados têm visão favorável das franquias, índice que cresce após explicações sobre o modelo. A nota média atribuída ao setor foi de 7,8, numa escala de 0 a 10.
Entre os aspectos mais reconhecidos estão geração de empregos (79%), contribuição ao desenvolvimento econômico (90%) e apoio a pequenos empreendedores (87%). Além disso, 61% dos brasileiros dizem confiar mais em produtos e serviços de marcas franqueadas, e 93% relatam satisfação com as experiências de consumo.
O estudo conclui que o setor franchising é um "motor de desenvolvimento econômico e social", responsável por gerar renda, estimular o empreendedorismo e ampliar oportunidades em todas as regiões do Brasil.
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Vale mencionar que a expansão das redes também avançou, e o saldo do trimestre foi de 4.644 novas operações frente ao mesmo período de 2024, totalizando 200.152 unidades de franquias no País.
Todos os 12 segmentos do franchising tiveram alta no terceiro trimestre de 2025. O setor de Limpeza e Conservação liderou, com alta de 14,5%, impulsionada pela intensificação da contratação de serviços especializados, pela vida em lares mais compactos nos grandes centros e pela busca crescente por praticidade e qualidade.
Já a área da Saúde, Beleza e Bem-Estar ficou em segundo lugar, com crescimento de 13,1%. O resultado reflete aumento, ainda que moderado, do poder de compra, maior flexibilidade na rotina das pessoas e a ascensão do autocuidado como forma de busca por qualidade de vida.
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Por outro lado, a Alimentação Comércio e Distribuição registrou o terceiro maior avanço, com 12,7%, beneficiado pela desinflação, pela recomposição parcial da renda, pelo aumento do consumo fora de casa e pela maior circulação de pessoas com a retomada presencial no trabalho.
Por fim, a sequência do levantamento aponta os segmentos de Entretenimento e Lazer, com apenas 11,8%, e de Hotelaria e Turismo, com 9,1% de aumento.
Para o presidente da ABF, "o bom desempenho de todos os segmentos comprova a abrangência e a consistência do mercado de franquias nacional como um todo. E os segmentos que mais cresceram traduzem mudanças estruturais no comportamento do consumidor brasileiro, evidenciando a capacidade das redes de inovar, ajustar modelos e responder rapidamente às novas necessidades e expectativas da população".
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"Esse movimento demonstra que o setor está não apenas atento às transformações do mercado, mas preparado para capturar oportunidades em diferentes áreas, fortalecendo sua presença e relevância em todo o País."
Com os resultados até setembro, a ABF projeta que o franchising deve encerrar 2025 dentro das expectativas da entidade, com alta de 8% a 10% no faturamento e cerca de 2% de expansão no número de operações, redes e empregos diretos.
"O setor encerra o terceiro trimestre de 2025 com resultados sólidos, confiança fortalecida e perspectivas positivas para 2026. Apesar do enfraquecimento da atividade econômica brasileira e da manutenção de juros elevados, que dificultam investimentos e reduzem o apetite ao risco, o franchising mostrou vitalidade e capacidade de crescimento consistente. Permanecem no radar, no entanto, fatores internos, como o risco de aumento da inadimplência e a desaceleração do PIB, e externos, como as incertezas no campo internacional", conclui Tom Moreira Leite.
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