Economia

Estudo revela que litoral de SP é campeão em imóveis desocupados no estado; veja motivo

Residências temporárias no litoral atingem quase 33%, muito acima da média paulista, segundo dados da Fundação Seade

Agência Diário

Publicado em 15/08/2025 às 17:04

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Quase um terço das casas no litoral paulista fica vazio boa parte do ano / Imagem gerada por IA

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No litoral de São Paulo, quase um terço das casas passa boa parte do ano sem ninguém. A cena é comum: ruas silenciosas fora da temporada e imóveis à espera de férias ou fins de semana. Mas o que explica tantos endereços vazios?

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Dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) mostram que, em 2022, 6% das casas paulistas eram de uso ocasional. No litoral, o índice salta para quase 33%, contra apenas 4,3% nas outras cidades. O contraste revela um fenômeno que mexe com a vida local.

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De casas de praia familiares a imóveis para locação por temporada, o litoral paulista virou vitrine de moradias que vivem em modo pausa. Essa escolha tem impacto no mercado, no turismo e até no comércio das cidades.

No litoral de São Paulo, quase um terço das casas passa boa parte do ano sem ninguém / Nair Bueno/DL
No litoral de São Paulo, quase um terço das casas passa boa parte do ano sem ninguém / Nair Bueno/DL
Dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) mostram que, em 2022, 6% das casas paulistas eram de uso ocasional / Nair Bueno/DL
Dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) mostram que, em 2022, 6% das casas paulistas eram de uso ocasional / Nair Bueno/DL
No litoral, o índice salta para quase 33%, contra apenas 4,3% nas outras cidades / Divulgação
No litoral, o índice salta para quase 33%, contra apenas 4,3% nas outras cidades / Divulgação
O contraste revela um fenômeno que mexe com a vida local / Reprodução
O contraste revela um fenômeno que mexe com a vida local / Reprodução

Por que o litoral concentra tantos imóveis de uso ocasional

O litoral paulista é destino de férias e descanso, atraindo quem busca tranquilidade longe da rotina. Muitos compram casas para curtas estadias, deixando-as fechadas durante boa parte do ano, o que aumenta os números do estudo.

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Além do apelo turístico, há a valorização histórica da região. Famílias mantêm imóveis de décadas, usados apenas em feriados e férias escolares. Essa tradição ajuda a explicar por que tantas casas permanecem desocupadas fora da temporada.

Outro fator é o aluguel de curta duração, que cresce com plataformas digitais. Proprietários preferem manter a casa fechada até surgir um bom hóspede, deixando o imóvel disponível para períodos de alta demanda turística, mas fechado no resto do ano.

Conheça também a cidade do litoral paulista que foi eleita a mais barata para comprar um imóvel.

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Como isso afeta a economia e a vida nas cidades

Com tantas casas vazias, o movimento no comércio varia muito ao longo do ano. Fora da temporada, restaurantes, mercados e serviços locais recebem menos clientes, o que pode dificultar a sobrevivência de pequenos negócios.

O mercado imobiliário também sente o impacto. Imóveis de uso ocasional podem inflar preços, tornando mais difícil para moradores fixos encontrarem opções acessíveis. Essa alta afasta famílias que desejam viver na região.

Na outra ponta, a chegada de turistas em alta temporada aquece a economia. Hotéis, bares e lojas ganham fôlego. Mas a instabilidade ao longo do ano cria desafios para manter empregos e renda de forma constante.

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O que revela o estudo da Fundação Seade

Segundo a Fundação Seade, em 2022, cerca de 6% das residências particulares de todo o estado de São Paulo tinham uso ocasional. O número, que já é expressivo, cresce de forma impressionante quando se olha apenas para o litoral.

Quase 33% das casas localizadas nas 15 cidades litorâneas são usadas para férias, descanso de final de semana ou aluguel de temporada. É uma proporção muito superior à média estadual e ao índice das cidades do interior.

Nas áreas não litorâneas, apenas 4,3% das casas têm esse uso. O contraste reforça como a vocação turística do litoral molda o mercado de moradias, criando um cenário único, cheio de oportunidades e desafios para a região.

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