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Economia

Em dia de volatilidade, Bolsa fecha no menor nível em quase dois meses

Dólar tem pequena queda, depois de recorde na última sexta

Agência Brasil

Publicado em 11/02/2020 às 10:44

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No mercado de câmbio, a moeda norte-americana deu uma leve trégua / Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Em mais um dia marcado por volatilidade no mercado financeiro, a bolsa de valores teve forte queda e fechou no menor nível em quase dois meses. O índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou esta segunda-feira (10) aos 112.570 pontos, com recuo de 1,05%.

Essa foi a terceira sessão seguida de queda no Ibovespa, que atingiu o menor nível desde 16 de dezembro, quando tinha fechado em 111.896 pontos. A última vez em que bateu recorde, em 23 de janeiro, o indicador estava em torno dos 119,5 mil pontos.

Dólar
No mercado de câmbio, a moeda norte-americana deu uma leve trégua. Depois de sucessivos recordes nominais desde a criação do real, o dólar comercial fechou esta segunda vendido a R$ 4,3205, com recuo de R$ 0,0005 (-0,01%).

A divisa alternou momentos de alta e de baixa, mas operou perto da estabilidade durante toda a sessão. O dólar acumula alta de 7,66% em 2020. O euro comercial também caiu e fechou o dia em R$ 4,721, recuo de 0,21%.

O Banco Central (BC) não tomou novas medidas para segurar a cotação. Hoje, a autoridade monetária leiloou US$ 650 milhões para rolar (renovar) contratos de swap cambial – que equivalem à venda de dólares no mercado futuro – com vencimento em abril. O leilão faz parte da rolagem de US$ 13 bilhões de swap que venceriam daqui a dois meses.

Nos últimos dias, o dólar subiu em nível global, principalmente diante das moedas de países emergentes, depois da divulgação da geração de emprego em janeiro nos Estados Unidos. No mês passado, a maior economia do planeta criou 225 mil vagas de trabalho, número superior à previsão de 158 mil novos postos.

O bom desempenho do mercado de trabalho norte-americano abre espaço para eventuais aumentos de juros pelo Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

Coronavírus
Na China, o receio de que o surto de coronavírus traga impactos para a segunda maior economia do planeta continua a afetar o mercado financeiro. O confinamento dos habitantes de diversas cidades afetadas pela doença reduz a produção e o consumo da China, mesmo com o fim das férias do ano-novo lunar. Apesar de muitos chineses terem voltado ao trabalho hoje, cidades inteiras continuam sob quarentena.

A expectativa de desaceleração da economia chinesa impacta diretamente países como o Brasil, que exporta diversos produtos, principalmente commodities (bens primários com cotação internacional) para o país asiático. Com menos exportações, menos dólares entram no país, pressionando a cotação.

Entre os fatores domésticos que têm provocado a valorização do dólar, está a decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic – juros básicos – para 4,25% ao ano, o menor nível da história. Juros mais baixos desestimulam a entrada de capitais estrangeiros no Brasil, também puxando a cotação para cima.

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