Economia

Dólar volta a subir e fecha acima dos R$ 2,30

Foi a primeira vez que a moeda americana ultrapassou a casa dos R$ 2,30 desde 06 de setembro, quando marcou R$ 2,307

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 07/11/2013 às 20:41

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O dólar subiu nesta terça-feira, 07, 1,05% em relação ao real, fechando cotado a R$ 2,306. Foi a primeira vez que a moeda americana ultrapassou a casa dos R$ 2,30 desde 06 de setembro, quando marcou R$ 2,307.

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O principal motivo para o movimento de ontem foram os dados positivos da economia dos Estados Unidos - o PIB americano teve expansão de 2,8% no terceiro trimestre, uma alta maior que os 2% previstos pelo mercado.

Esse avanço - apesar de posteriormente relativizado por alguns analistas - deu força ao dólar, em meio à percepção de que uma economia mais forte eleva as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começar a reduzir seus estímulos dos EUA já em dezembro. Por essa lógica, se o BC americano diminuir suas compras mensais de bônus, haverá menos dólares no mundo, o que dá força à moeda americana.

O crescimento da economia americana provocou a alta do dólar em todos os mercados globais, mas, no Brasil, como vem ocorrendo nas sessões mais recentes, a pressão de alta foi superior à vista no exterior, em função da desconfiança do mercado em relação à política fiscal do governo brasileiro. "O mercado está se antecipando à retirada de estímulos nos Estados Unidos. E o fluxo cambial que se esperava (para o Brasil) não se tornou realidade, porque o cenário ruim para o País é muito evidente", disse Sidney Nehme, sócio da NGO Corretora.

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No pregão desta quinta a moeda americana até chegou a oscilar em baixa pela manhã, após o Banco Central Europeu (BCE) reduzir sua taxa básica de juros de 0,50% para 0,25% ao ano, favorecendo a busca por moedas como o real, mas o PIB americano fez o dólar ultrapassar os R$ 2,30 no balcão. Na mínima do dia, o dólar atingiu R$ 2,2730 (-0,39%) e, na máxima, marcou R$ 2,3070 (+1,10%), ajudado ainda por um fluxo de saída de dólares do País na reta final dos negócios. Da mínima para a máxima, a moeda oscilou +1,50%.

O dólar subiu nesta terça-feira, 07, 1,05% em relação ao real (Foto: Divulgação)

Fiscal

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Desde 29 de outubro, quando encerrou a R$ 2,181 no balcão, até esta quinta o dólar já subiu 5,73% ante o real - ou o equivalente a 13 centavos. O movimento vem sendo sustentado principalmente pelo Fed, que deixou aberta a possibilidade de reduzir seus estímulos em dezembro, e pelos dados fiscais brasileiros, que mostram um cenário de deterioração. "O investidor estrangeiro está com medo, porque a desconfiança com o Brasil é grande. Então, quem tem dinheiro por aqui aproveita e sai", comentou Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.

Outro profissional, que preferiu não se identificar, disse que, durante a tarde, quando a moeda se aproximou dos R$ 2,30, ordens de venda foram disparadas no mercado futuro, ajudando no movimento. No fim do dia, o giro financeiro no mercado à vista, conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa, somava US$ 1,572 bilhão.

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