15 de Outubro de 2024 • 15:22
Dólar fecha a R$ 4,94, menor cotação desde junho de 2021 / denisnata
O dólar comercial caiu 1,45% nesta segunda-feira (21), fechando a sessão a R$ 4,9440 na venda. É a menor cotação desde 29 de junho do ano passado, que foi de R$ 4,9420. O real também apresentou a maior valorização frente à moeda americana em relação a outras divisas de países emergentes.
Altas expressivas nas ações de grandes bancos e, principalmente, de empresas ligadas à produção de matérias-primas mostram que a Bolsa de Valores segue como um importante atrativo de dólares para o Brasil, o que tem contribuído para a queda da taxa de câmbio.
O Ibovespa, índice de referência da Bolsa, subiu 0,73%, a 116.154 pontos. Desde 14 de setembro o mercado de ações do país não rompia a barreira dos 116 mil pontos.
As empresas com maior participação na alta do mercado de ações foram a Petrobras e a Vale, cujas ações mais negociadas subiram 3,76% e 2,83%, nessa ordem. Completam essa lista os papéis dos bancos Itaú e Bradesco, que avançaram 2,47% e 2,37%, respectivamente.
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Vedetes da Bolsa brasileira, as ações de grandes empresas produtoras de petróleo, minério de ferro e aço reforçaram a sua posição na preferência de investidores internacionais neste ano, quando mercados acionários de países desenvolvidos enfrentam forte correção devido às retiradas de estímulos financeiros criados no início da pandemia de Covid-19.
Apesar das oscilações causadas pela guerra na Ucrânia, o conflito vem contribuindo com altas das petrolíferas brasileiras devido à possibilidade de redução da oferta da matéria-prima e derivados produzidos pela Rússia, uma das principais exportadoras mundiais.
O saldo de investimentos de estrangeiros em ações brasileiras é de R$ 73,5 bilhões, segundo os dados mais recentes disponibilizados pela B3, a Bolsa de Valores do Brasil. É o equivalente a 72% do total de R$ 102,3 bilhões do saldo de todo o ano de 2021, melhor resultado da série histórica.
Nas negociações entre Rússia e Ucrânia, a recusa dos ucranianos em entregar Mariupol, após o ultimato russo, levou o mercado a reduzir suas expectativas sobre uma trégua.
Investidores demonstram receio de que o prolongamento da guerra prejudique a cadeia global de suprimentos. Esse temor provocou uma nova disparada no preço do petróleo. O barril do Brent subiu 7,95%, a US$ 116,51 (R$ 578,58).
Em três altas seguidas desde a última quinta-feira (17), a commodity já altou 18,82%.
Países da União Europeia consideram se juntar aos Estados Unidos em um embargo ao petróleo russo. Além da guerra na Ucrânia, um ataque a instalações petrolíferas sauditas neste fim de semana também pressionou os preços da matéria-prima.
"O Ibovespa subiu descolado das baixas registradas no exterior apoiado principalmente nas commodities, principalmente na alta da Petrobras, devido à valorização do petróleo, e também das empresas de mineração e siderurgia", comentou Rodrigo Crespi, analista da Guide.
Os principais índices de ações de Nova York recuaram nesta segunda em reação a uma fala do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell, sobre a necessidade de elevação dos juros para acelerar o controle da inflação. O país vem registrando as maiores altas nos preços em 40 anos.
Os indicadores S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,04%, 0,58% e 0,40%, nessa ordem.
"Há uma necessidade óbvia de agir rapidamente para retornar a postura da política monetária a um nível mais neutro e, em seguida, passar para níveis mais restritivos, se isso for necessário para restaurar a estabilidade de preços", comentou Powell.
As autoridades de política monetária do Fed subiram os juros na semana passada pela primeira vez em três anos e sinalizaram altas contínuas dos juros no futuro.
Diário Mais
Descoberta foi realizada por cientistas brasileiros e do Reino Unido
Cotidiano
Interessados devem comparecer ao local para a retirada da carta de encaminhamento