Economia

Decisão do Fed eleva custo de captação a empresa brasileira, avalia S&P

Pelo lado positivo, a diretora da S&P disse que o BC entrando mais no mercado de câmbio para conter a disparada do dólar ajuda a melhorar as condições para as companhias endividadas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/09/2015 às 14:04

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

As empresas brasileiras, principalmente as com dívida em moeda estrangeira, terão que lidar com um cenário mais desafiador, afirmou a diretora-gerente de ratings soberanos da Standard & Poor's (S&P), Lisa Schineller, em uma conferência pela internet nesta segunda-feira, 14, para comentar perspectivas para o Brasil com a perda do grau de investimento, anunciada na semana passada. Além do complicado ambiente doméstico no Brasil, a elevação dos juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve encarecer os custos de captação para as companhias.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

"As condições para as empresas brasileiras serão mais desafiadoras", disse Lisa. A diretora da S&P frisou que o rating de muitas companhias foi rebaixado no Brasil recentemente, seguindo o corte da nota soberana. "Muitas empresas permanecem no grau de investimento, outras estão no grau especulativo, o que pesa no custo de refinanciamento dos passivos", disse Lisa.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Juros do cartão de crédito chegam a 350,79% ao ano

• Caderneta de poupança terá em 2015 a primeira perda real desde 2002

• Projeção para Selic no fim de 2015 segue em 14,25%

Pelo lado positivo, a diretora da S&P disse que o BC entrando mais no mercado de câmbio para conter a disparada do dólar ajuda a melhorar as condições para as companhias endividadas na moedas norte-americana, pois facilita o acesso ao dólar. "Mas definitivamente as empresas vão ter que lidar com um cenário mais difícil."

Lisa mencionou que as companhias brasileiras têm que lidar ainda com o ambiente doméstico de forte desaceleração do crescimento econômico, acima do inicialmente esperado, e a falta de políticas do governo que sinalizem mudanças dessa trajetória. Os problemas da Petrobras, rebaixada para o grau especulativo, destaca Lisa, têm afetado a dinâmica de crescimento do Brasil e ainda a situação financeiras de algumas empresas, que vão precisar de tempo para se recuperar. A diretora frisou que a S&P continua acreditando na capacidade do governo de apoiar a Petrobras em caso de necessidade.

Continua depois da publicidade

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software