Economia
Segundo dados do Our World in Data, a produção mundial de carne mais que triplicou nos últimos 50 anos, atingindo mais de 350 milhões de toneladas anuais
Em 2024, os Estados Unidos mantiveram-se como o maior produtor mundial de carne bovina, com 12,29 milhões de toneladas métricas, representando 20% da produção global / Freepik
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A carne bovina, apesar de não ser a mais consumida do mundo, é uma das favoritas da população. Desde os churrascos nos Estados Unidos, a picanha brasileira e as churrascarias argentinas, o consumo global de carne tem apresentado crescimento contínuo ao longo das últimas décadas, impulsionado por fatores econômicos e culturais.
Segundo dados do Our World in Data, a produção mundial de carne mais que triplicou nos últimos 50 anos, atingindo mais de 350 milhões de toneladas anuais .
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Em 2024, os Estados Unidos mantiveram-se como o maior produtor mundial de carne bovina, com 12,29 milhões de toneladas métricas, representando 20% da produção global. O consumo per capita no país também se destacou, alcançando cerca de 117,6 libras (aproximadamente 53,3 kg) por pessoa, o maior desde 2009.
Apesar desses números expressivos, a carne bovina ocupou apenas a nona posição entre as commodities mais produzidas nos EUA em 2024, ficando atrás de produtos como amêndoas, que lideraram com 77% da produção global .
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Segundo Murillo Oliveira, especialista em investimentos da Saygo Comex, o Brasil consolidou-se como o maior exportador mundial de carne bovina, com 11,85 milhões de toneladas métricas produzidas em 2024, correspondendo a 19% da produção global.
As exportações brasileiras atingiram 2,89 milhões de toneladas, gerando receitas de US\$ 12,8 bilhões, um aumento de 26,2% em relação ao ano anterior.
A produtividade também apresentou avanços significativos, com a média nacional passando de 36,2 para 65,8 kg de carcaça por hectare.
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Em maio de 2025, o Brasil confirmou seu primeiro caso de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial no Rio Grande do Sul.
A detecção levou à suspensão temporária das importações de carne de frango por parte de países como China, União Europeia e Coreia do Sul .
O governo brasileiro implementou medidas de contenção, incluindo o sacrifício sanitário de aves e a intensificação da vigilância epidemiológica .
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A China, terceira maior produtora de carne bovina em 2024 com 7,79 milhões de toneladas métricas (13% da produção global) , apresenta um modelo de produção descentralizado, com mais de 90% das fazendas abatendo no máximo nove vacas por ano. Apesar disso, essas pequenas propriedades respondem por mais da metade do fornecimento interno .
Desde a suspensão da proibição de importação de carne bovina dos EUA em 2017, a China tornou-se um dos maiores importadores globais, com as importações projetadas para crescer 2% em 2025, atingindo 3,825 milhões de toneladas.
Esse panorama reflete a crescente demanda por carne bovina na China, impulsionada por melhorias na qualidade de vida e mudanças nos hábitos alimentares da população.
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