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Economia

Com dívidas, 25% dos consumidores não vai presentear mãe em 2017

O endividamento e as dificuldades financeiras são o motivo mais comum para os que deixarão mães de mãos abanando, citado por 45% deles

Folhapress

Publicado em 13/05/2017 às 16:00

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Um quarto dos consumidores paulistanos diz que não dará presentes para a mãe neste ano / Rodrigo Montaldi/DL

Um quarto dos consumidores paulistanos diz que não dará presentes para a mãe neste ano.

O endividamento e as dificuldades financeiras são o motivo mais comum para os que deixarão mães de mãos abanando, citado por 45% deles.

Outros 9% afirmam não ter costume de dar presentes em datas festivas e 36% apontaram outros motivos, sem especificação.

Os resultados fazem parte de pesquisa da FecomércioSP, que perguntou a 120 consumidores na capital paulista suas intenções de compras para o Dia das Mães.

O número dos que não presentearão é maior do que em 2016, quando 19% dos consumidores não pretendiam comprar nada.

Entre os que irão presentear, seis em cada dez consumidores (59%), mesma fatia de 2016, o valor médio do presente será um pouco menor do que em 2016. Este ano ele será de R$ 173, enquanto no ano passado foi de R$ 173 neste ano (número já corrigido pela inflação).

Outros 15% dos respondentes disseram que não presentearão porque não têm contato com a mãe. Em 2016, a resposta foi a escolhida por 21% dos respondentes.

Crescimento 

Uma segunda sondagem feita pela FecomércioSP, desta vez com lojistas, apontou previsão de redução nas vendas de 8% para o Dia das Mães.

Apesar da baixa expectativa dos varejistas para a data, a entidade prevê um aumento de vendas de até 5% no mês de maio, na comparação com o mesmo mês de 2016.

A FecomércioSP aponta que o consumidor está menos atento ao apelo das datas comemorativas e menos propenso a se endividar com presentes nessas ocasiões.

Por outro lado, a recuperação das vendas em maio será motivada por melhora no desempenho durante todo o mês, resultado de redução da inflação, diminuição da incerteza política e saques das contas inativas do FGTS, diz Guilherme Dietze, assessor econômico da federação.

O economista acrescenta que é comum que, antes das datas comemorativas, consumidores mostrem o desejo de gastar menos do que aquilo que acabam gastando na hora que vão às compras.

Outras associações e consultorias esperam aumento de vendas já para o Dia das Mães em shoppings, lojas virtuais e comércio popular.

Levantamento da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings) estima crescimento de 8% para o dia das mães em relação a 2016 (valores nominais, sem correção ela inflação).

A consultoria da área de comércio eletrônico Ebit (do Grupo Buscapé) aponta para um avanço de 7% no faturamento nominal no setor em comparação com o dia das mães de 2016.

O crescimento esperado é levemente menor do que o registrado no ano passado, de 8%.

A Fevabrás (Federação dos Varejistas e Atacadistas do Bras) divulgou expectativa de crescimento de 15% nas vendas das lojas do bairro de São Paulo.

Nelson Tranquez, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro, cita como fatores positivos para 2017 o fato de o Dia das Mães ter caído em uma data distante do início do mês. Com isso, houve mais tempo para compras após o recebimento dos salários pelos consumidores.

"Gradativamente, os volumes de vendas estão voltando. O primeiro quadrimestre já foi melhor do que no ano passado, apesar de não ter sido sombra do que era em 2012", diz.

Produtos 

Os presentes escolhidos pelos filhos estão próximas do desejo das mães, aponta a FecomércioSP.

Os preferidos delas são roupas e acessórios, com 29% das menções. Itens da categoria serão dados por 40% dos filhos.

Em segundo lugar estão os perfumes e cosméticos, com 19% das intenções dos filhos e 13% da preferência materna.

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