Nova plataforma tem capacidade para produzir 180 mil barris de óleo por dia / Divulgação/Agência Petrobras
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A Petrobras colocou em operação neste sábado (25) o FPSO Alexandre de Gusmão, nova unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (Floating Production Storage and Offloading, na sigla em inglês) no campo de Mero, localizado no bloco de Libra, na Bacia de Santos. O início da operação acontece mais de dois meses antes do previsto, reforçando o ritmo acelerado de expansão da produção no pré-sal brasileiro.
Com capacidade para produzir 180 mil barris de óleo por dia e comprimir e reinjetar 12 milhões de metros cúbicos de gás diariamente, a nova plataforma vai ampliar em 31% a capacidade instalada de produção do campo, que agora chega a 770 mil barris por dia.
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A unidade é afretada pela Petrobras junto à SBM Offshore por um período de 22,5 anos e será interligada a 12 poços submarinos — cinco produtores de óleo, seis injetores de água ou gás, além de um poço conversível que poderá mudar de função ao longo do tempo. A plataforma conta com a tecnologia de completação inteligente, que permite ajustar remotamente os intervalos de produção e injeção de fluidos, aumentando a flexibilidade operacional e a segurança.
O Alexandre de Gusmão é o quinto FPSO a operar no campo de Mero, juntando-se às plataformas Pioneiro de Libra, Guanabara, Sepetiba e Marechal Duque de Caxias. Desde 2022, a Petrobras tem colocado em operação um novo grande sistema de produção por ano nesse campo, demonstrando sua capacidade de execução e a importância estratégica da área para o portfólio da companhia.
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“Isso comprova a capacidade de realização de nossas equipes, bem como a relevância e qualidade deste ativo no cenário mundial”, destaca Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras.
A nova plataforma já está preparada para operar o HISEP (High Pressure Separator), tecnologia desenvolvida e patenteada pela Petrobras. Atualmente em fase de qualificação, o sistema permitirá a separação submarina do óleo e do gás rico em CO, que será reinjetado diretamente no reservatório — uma solução inovadora voltada à redução de emissões e à sustentabilidade da produção offshore.
“A entrada em operação de mais um FPSO é estratégica e representa o esforço da companhia em antecipar entregas de forma sustentável e inovadora”, afirma Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras.
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As operações no campo unitizado de Mero são conduzidas por um consórcio liderado pela Petrobras (38,6%), em parceria com Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e a estatal Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), que representa a União na área não contratada.
Com a antecipação do Alexandre de Gusmão, a Petrobras dá mais um passo importante no fortalecimento de sua presença no pré-sal e na liderança em produção offshore com alta tecnologia e eficiência operacional.