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Economia

Bolsa sobe e dólar cai com bom humor externo, apesar do recuo do petróleo

Os mercados globais, que nas últimas três sessões reagiram negativamente a um possível aumento dos juros americanos em junho, agora passam por uma recuperação

Folhapress

Publicado em 20/05/2016 às 18:30

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O Ibovespa opera em alta e o dólar cai ante o real / Divulgação

O Ibovespa opera em alta e o dólar cai ante o real, acompanhando o bom humor externo, mas o recuo do petróleo limita os ganhos nesta sexta-feira (20).

Os mercados globais, que nas últimas três sessões reagiram negativamente a um possível aumento dos juros americanos em junho, agora passam por uma recuperação.

Quanto ao cenário político, o mercado segue à espera do anúncio da nova meta fiscal e de medidas concretas do novo governo para a retomada da economia.

O principal índice da Bolsa paulista avançava há pouco 0,53%, aos 50.396,14 pontos.

As ações PN da Petrobras ganhavam 3,23%, a R$ 9,25, e as ON subiam 2,43%, a R$ 11,79, apesar da queda do petróleo no mercado internacional.

Segundo operadores e analistas, a confirmação de Pedro Parente para a presidência da estatal impulsiona os papéis.

"Parente fará gestão totalmente profissional desprovida de conteúdo político. Pelo menos, esse foi o acerto com o presidente [Michel Temer], afirma Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais, em comentário ao mercado.

Os papéis PNA da Vale caíam 0,25%, a R$ 11,82, e os ON perdiam 1,41%, a R$ 14,68, mesmo com a alta do minério de ferro na China.

No setor financeiro, Banco do Brasil ON perdia 0,28%; Itaú Unibanco PN, +0,98%; Bradesco PN, +0,04%; Santander unit, +1,17%; e BM&FBovespa ON, +1,33%.

Câmbio e juros

Após três sessões em alta, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, caía há pouco 1,63%, a R$ 3,543; O dólar comercial, usado em transações de comércio exterior, recuava 0,77%, também a R$ 3,543.

O Banco Central não anunciou para esta sessão leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra de dólares pela autoridade monetária. Nesta semana, a operação só ocorreu na quarta-feira (18).

"O BC tem sido eficaz em manter as cotações dentro da banda de R$ 3,50 e R$ 3,60, trazendo mais previsibilidade para a moeda, o que é bom para a economia como um todo", comenta a equipe de análise da Lerosa Investimentos, em relatório.

"Se medidas econômicas forem divulgadas e aceitas pelo Congresso nas próximas semanas, teremos grandes chances de ver a cotação romper os R$ 3,40 -mas somente com ações concretas da nova equipe econômica", ressalta a Lerosa.

No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subia de 13,670% para 13,690%, enquanto o contrato de DI para janeiro de 2021 recuava de 12,520% para 12,400%.

Os juros futuros de curto prazo são pressionados pelo IPCA-15 de maio, que atingiu 0,86%, ante 0,51% apurado pelo indicador em abril. Trata-se da taxa mais alta verificada para o mês de maio desde 1996. O IPCA-15 de maio veio acima das projeções de analistas, o que diminui as chances de um corte rápido da taxa básica de juros (Selic).

O CDS (credit default swap), indicador da percepção de risco do país, recuava 0,49%, para 347,932 pontos, acompanhando o movimento no câmbio.

Exterior

Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 avançava 0,64%, o Dow Jones, +0,66 e o Nasdaq, +1,25%.

As Bolsas europeias operam em alta, e as asiáticas também fecharam no campo positivo.

O petróleo, no entanto, opera em queda. Em Londres, o petróleo Brent recuava há pouco 1,45%, para US$ 48,10 o barril; o WTI, negociado em Nova York, perde 1,29%, para US$ 47,54 o barril.

De acordo com a agência Reuters, o ministro de Energia russo, Alexander Novak, afirmou nesta sexta-feira que a oferta global de petróleo atualmente excede a demanda em cerca de 1,5 milhão de barris por dia. Ele disse ainda que estima um preço médio da commodity entre US$ 40 e US$ 50 neste ano.

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