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O Banco Central divulgou nesta quarta-feira (5) novas regras para abertura e funcionamento das cooperativas de crédito no país. A partir de agora, essas instituições financeiras serão classificadas de acordo com o grau de risco correspondente às operações de crédito realizadas.
Outra mudança é que o risco de operações dessas instituições deixa de ser definido por seu quadro associativo, considerando as operações de crédito que elas já fazem para definir sua classificação de risco.
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As cooperativas serão divididas entre plenas, clássicas e de capital e empréstimo.
As cooperativas plenas corresponderão às instituições de maior porte. Elas deverão ter um montante maior de capital inicial e de patrimônio líquido, além de uma estrutura organizacional mais robusta. Elas estarão liberadas para fazer todas as operações permitidas para cooperativas.
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Já as clássicas não serão autorizadas, por exemplo, a fazer operações que gerem exposição a variação cambial ou a preço de mercadorias, nem manter aplicações em derivativos.
Por fim, as cooperativas de capital e empréstimo serão bastante restritas e poderão apenas realizar pequenas operações de empréstimos e financiamentos. As cooperativas desse porte terão estrutura física e organizacional menores e com menos risco que as plenas ou as clássicas.
As cooperativas terão de solicitar nova autorização de funcionamento ao Banco Central, levando em consideração a categoria que cada instituição se enquadrará.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, destacou os desafios que o cooperativismo terá no futuro em termos de evolução, considerando o ambiente competitivo do sistema financeiro.
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De acordo com Tombini, os associados às cooperativas de crédito passaram de 4,2 milhões em 2010 para 7,5 milhões no final de 2014. Ele aposta em um crescimento do setor baseado no novo marco regulatório.
"Quero aproveitar o início desse novo ciclo para lançar aqui um desafio ao setor, para que iniciemos hoje a caminhada rumo aos 10 milhões de Cooperados. Acredito que esse segundo dígito pode ser alcançado em poucos anos", disse Tombini.