Diferente das criptomoedas tradicionais, como o Bitcoin, essa nova moeda será oficialmente emitida pelo governo / Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O Banco Central está trabalhando em uma novidade que pode transformar o sistema financeiro do país: o Drex, uma versão digital do Real.
Diferente das criptomoedas tradicionais, como o Bitcoin, essa nova moeda será oficialmente emitida pelo governo, o que garante mais segurança e estabilidade. O Drex faz parte de uma tendência mundial chamada CBDC (sigla em inglês para "moeda digital de banco central").
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O objetivo do Drex não é substituir o dinheiro em papel ou o Pix, mas sim funcionar como uma alternativa em situações mais complexas. Ele será útil, por exemplo, em compras que exigem condições específicas para o pagamento, como a entrega de um produto ou o cumprimento de um contrato.
Além disso, o Drex será totalmente digital e vai usar tecnologias modernas como o blockchain e os contratos inteligentes (smart contracts), que automatizam transações.
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Diferente de criptos como o Bitcoin, que podem ter variações bruscas de preço, o Drex terá o mesmo valor do Real físico. Isso significa que ele será estável, com a confiança e o respaldo do Banco Central por trás.
Na prática, ele funcionará como o Real que usamos hoje, mas com a facilidade e os benefícios do ambiente digital.
Embora os dois sejam digitais, eles têm finalidades diferentes. O Pix foi criado para transferências e pagamentos rápidos do dia a dia. Já o Drex será mais útil em operações que precisam de regras, como liberar o pagamento só depois que o comprador receber o produto.
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Um dos grandes diferenciais do Drex é a possibilidade de usar contratos inteligentes. Isso permite que uma transação só aconteça se certas condições forem cumpridas.
Por exemplo, ao comprar um carro, o dinheiro só será liberado quando o novo dono receber o documento. Se algo der errado, o pagamento não acontece. Isso traz mais segurança para todas as partes envolvidas e elimina a necessidade de intermediários, como cartórios e agentes.
O Drex vai funcionar por meio de uma estrutura parecida com a do blockchain, chamada DLT (tecnologia de registro distribuído). Nesse sistema, várias instituições validam as informações ao mesmo tempo, o que reduz os riscos de fraude e aumenta a confiança no processo.
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Muita gente se preocupa com a possibilidade de o governo monitorar suas transações. Mas o Banco Central garante que o Drex seguirá todas as regras de privacidade e sigilo bancário já existentes. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) também será respeitada, e as informações usadas terão fins estatísticos, sem identificar os usuários individualmente.
Além de facilitar pagamentos, o Drex também vai abrir espaço para novos serviços financeiros. A ideia é permitir que mais pessoas possam fazer empréstimos, seguros e investimentos com menos burocracia.
Com o Drex, será possível, por exemplo, investir pequenos valores, como R$ 5 ou R$ 10, tornando o mercado financeiro mais acessível para todos.
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Atualmente, o projeto está sendo testado por 16 instituições financeiras escolhidas pelo Banco Central. O nome "Drex" vem da combinação de quatro ideias: digital, Real, eletrônico e conexão, refletindo o foco em inovação, integração e modernidade.