Estudo aponta: lavar o arroz não muda a textura, mas pode ajudar a reduzir poluentes como microplásticos e arsênio / Gerada por IA
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O arroz está no prato de bilhões de pessoas todos os dias. É base da alimentação em países da Ásia, África e América Latina e aparece em receitas clássicas da culinária global, como risoto, paella, dolmades e arroz-doce. Mas uma dúvida antiga ainda divide cozinheiros: lavar ou não lavar os grãos antes de levar à panela?
Lavar o arroz é uma prática comum, passada de geração em geração. A ideia é remover o amido superficial — a amilose — que deixa a água leitosa durante a lavagem. Em pratos que pedem arroz soltinho, o enxágue ajuda. Já nas receitas mais cremosas, o amido é bem-vindo e lavar não é necessário.
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A escolha também pode variar conforme o tipo de arroz, os hábitos de cada casa, orientações de saúde locais e até o tempo disponível no dia a dia.
Pesquisadores analisaram três variedades de arroz (glutinoso, jasmim e grão médio), testando cada uma sem lavagem, com três lavagens e com dez. O resultado? A textura dos grãos cozidos se manteve praticamente a mesma em todos os casos.
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A razão disso está na amilopectina, um amido interno que escapa dos grãos durante o cozimento e é ela que realmente interfere na textura pegajosa. Assim, a diferença está mais no tipo de arroz do que na lavagem em si.
O arroz glutinoso, por exemplo, continua sendo o mais grudado. Já o jasmim e o de grão médio ficaram mais firmes e secos.
Entenda também por que aparecem bichinhos no arroz, mesmo dentro do pacote fechado.
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Se no passado a lavagem servia para tirar impurezas como cascas, pedras e insetos, hoje ela também ajuda a reduzir resíduos invisíveis, como os microplásticos. Um estudo recente mostrou que enxaguar o arroz cru elimina até 20% dessas partículas. E no arroz instantâneo, que tem ainda mais contaminação, a lavagem pode cortar quase 40% do problema.
Outro ponto importante é o arsênio, metal tóxico que pode estar presente em solos alagados onde o arroz é cultivado. Enxaguar os grãos remove boa parte desse contaminante, até 90%, mas o processo também reduz minerais essenciais para o corpo.
Seja por saúde, textura ou costume, a decisão de lavar o arroz não tem resposta única. Tudo depende da receita, do tipo de grão e até das preocupações de quem está cozinhando. Mas agora, pelo menos, dá pra fazer essa escolha com base na ciência.
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