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Em meio a arranha-céus, smartphones e inteligência artificial, algumas comunidades escolheram permanecer fiéis a um modo de vida que pouco mudou ao longo dos séculos
As comunidades Amish vivem nos EUA, mas seguem um estilo de vida tradicional / John Greim/Loop Images/picture alliance
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Dentro dos Estados Unidos, um país frequentemente associado a avanços tecnológicos, inovação constante e ritmo acelerado, existe uma realidade que desafia completamente esse padrão.
Em meio a arranha-céus, smartphones e inteligência artificial, algumas comunidades escolheram permanecer fiéis a um modo de vida que pouco mudou ao longo dos séculos.
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Essas comunidades são conhecidas como Amish. Presentes principalmente em estados como Pensilvânia, Ohio e Indiana, elas mantêm tradições rigorosas que criam a sensação de que o tempo segue outro compasso.
Para quem visita esses vilarejos, a impressão é de atravessar uma fronteira invisível entre o presente e o passado.
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A vida Amish é organizada a partir de princípios religiosos que orientam desde a convivência social até as escolhas mais simples do dia a dia. Essas regras determinam hábitos, comportamentos e, sobretudo, a relação com o mundo exterior.
A tecnologia moderna é vista com cautela extrema. Automóveis não fazem parte da rotina, sendo substituídos por charretes puxadas por cavalos.
A eletricidade é evitada, e o uso de celulares, computadores ou internet simplesmente não ocorre. Essa decisão não representa rejeição ao progresso, mas uma escolha consciente por um estilo de vida mais simples e comunitário.
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O trabalho manual ocupa um papel central nesse cotidiano. A agricultura, a criação de animais e os ofícios artesanais sustentam a economia local e preservam conhecimentos transmitidos de geração em geração. Cada tarefa diária carrega um valor que vai além da produção: ela fortalece laços familiares e coletivos.
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A cooperação é um dos pilares da comunidade. Construir uma casa, cuidar de uma plantação ou ajudar um vizinho não são atos isolados, mas responsabilidades compartilhadas. Essa lógica reforça a autonomia do grupo e reduz a dependência de estruturas externas.
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Até mesmo as roupas refletem essa filosofia. O vestuário é simples, discreto e produzido internamente, sem cores chamativas ou adornos. A aparência segue o ideal de humildade e igualdade, evitando qualquer forma de ostentação.
O contraste com a América moderna ao redor é inevitável. Enquanto cidades próximas vibram com luzes, trânsito intenso e conectividade constante, os Amish seguem um cotidiano tranquilo, guiado pelo silêncio, pela tradição e por um ritmo próprio. Essa convivência entre realidades tão diferentes provoca curiosidade e desperta reflexões profundas.
Em um mundo cada vez mais marcado por excesso de estímulos, pressa e dependência tecnológica, o modo de vida Amish surge como um contraponto radical.
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Ele convida à reflexão sobre prioridades, relações humanas e sobre o significado de viver de forma mais simples, consciente e conectada às próprias raízes.