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Entenda como identificar comportamentos abusivos e saiba onde encontrar apoio jurídico, psicológico e social em equipamentos públicos santistas
Denunciar é o primeiro passo para romper o ciclo de violência / Divulgação
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A violência contra a mulher é uma realidade presente em todas as classes sociais e faixas etárias. Muitas vezes, o abuso começa de forma sutil, com sinais emocionais e comportamentais que passam despercebidos até que a situação se agrave.
Na última semana, mais uma caso triste aconteceu no Litoral de São Paulo. Amanda Fernandes, mãe de três filhos e diretora executiva, foi assassinada a tiro e facadas dentro de uma clínica de estética em Santos. O autor do crime é seu próprio marido, sargento da Polícia Militar. A filha do casal, uma modelo mirim de 10 anos, também ficou ferida durante o ataque.
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No enterro da mãe, o filho mais velho fez um apelo para que mulheres que sofrem violência busquem ajuda antes que seja tarde. Em Santos, mulheres vítimas de violência contam com uma rede estruturada de apoio, que oferece desde canais de denúncia até acolhimento psicológico, jurídico e social.
Muitas mulheres permanecem em relacionamentos abusivos devido ao medo, vergonha, dependência financeira ou emocional, além da falta de apoio. Esse cenário é descrito como o ciclo da violência doméstica, que costuma ocorrer em três fases:
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Nem toda agressão é visível. A violência contra a mulher pode assumir diversas formas:
Denunciar é o primeiro passo para romper o ciclo de violência. Em Santos, as vítimas podem procurar os seguintes canais:
Mulheres que necessitam de orientação jurídica podem buscar:
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Vítimas de violência sexual devem procurar atendimento médico nas primeiras 72 horas após o ocorrido. Em Santos, o atendimento é realizado nas seguintes Unidades de Pronto Atendimento (UPAs):
Se o período de 72 horas já tiver passado, o atendimento deve ser feito no PAIVAS (Programa de Atenção Integral às Vítimas de Violência Sexual) – Avenida Conselheiro Nébias, 267, 1º andar. Contatos: (13) 99743-7928 / (13) 3235-6466 | E-mail: [email protected]
A cidade oferece diversos equipamentos de suporte para mulheres em situação de violência:
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CREAS e CRAS
Unidades que prestam atendimento psicossocial e orientações para vítimas. Os endereços podem ser consultados neste link.
Casa das Anas
Espaço de acolhimento temporário para mulheres e seus filhos em situação de risco social. Oferece suporte psicológico, social e encaminhamento para capacitação profissional.
Casa Abrigo Sigiloso e Casa de Passagem
Estruturas que garantem proteção integral a mulheres que precisam sair de casa imediatamente. O acesso é feito via serviços da assistência social, como CREAS e Centro POP.
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Desde 2023, Santos conta com a primeira Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Baixada Santista. A iniciativa fortalece o cumprimento da Lei Maria da Penha, garantindo atendimento humanizado e especializado durante todo o processo judicial.
Através desse programa, a Guarda Civil Municipal realiza visitas periódicas às vítimas, checando o cumprimento de medidas protetivas e orientando sobre os serviços disponíveis. O programa funciona na Casa da Mulher (Av. Rangel Pestana, 150), que também oferece escuta ativa, acolhimento e:
Atendimento jurídico gratuito pela Cadoj
Segundas-feiras, das 9h às 13h
Quartas-feiras, das 13h às 17h
É necessário levar RG, CPF, comprovante de residência, renda familiar e documentos relacionados à ocorrência.
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Independentemente do tempo de relacionamento ou dos sentimentos envolvidos, a vítima nunca é culpada pela violência que sofre. Procurar ajuda é um ato de coragem, e não há vergonha em romper com o ciclo de dor. Em Santos, há uma rede pronta para apoiar, acolher e garantir um novo começo.