Chega de mitos: entenda por que o vermífugo nem sempre é a melhor solução anual / Imagem gerada por IA
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A afirmação de que todos precisam tomar vermífugo anualmente é recorrente em plataformas digitais. Contudo, essa prática, que se popularizou em uma época em que o saneamento básico era precário, hoje é reavaliada pela ciência e sua validade para a maioria da população.
As parasitoses intestinais eram um problema de saúde mais difundido, mas agora impactam apenas uma pequena fração em certas partes do mundo. Com a redução dessas doenças, a ingestão contínua do medicamento pode se tornar arriscada e desnecessária.
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Algumas pessoas promovem essa ideia com termos como “protocolo de desparasitação” ou “limpeza de impurezas”. Apesar da nomenclatura moderna, não há respaldo científico para a eficácia ou a necessidade dessa prática generalizada, carecendo de evidências sólidas.
Ainda sobre o tema desta reportagem, saiba que um verme gigante, tóxico e quase indestrutível vem se espalhando pelo Brasil.
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A contaminação por vermes e protozoários ocorre principalmente por meio de água ou alimentos infectados. Além disso, parasitas como lombrigas e tênias podem invadir o organismo através do contato direto com a pele em ambientes contaminados.
Se você possui acesso a água tratada e higieniza seus alimentos corretamente, não há mais a necessidade de tomar vermífugo todos os anos. Inclusive para crianças, essa recomendação perde a validade, já que o contato com a natureza e o solo diminuiu.
Portanto, se você mora em uma região que dispõe de saneamento básico e água tratada, ou não está exposto a esgoto a céu aberto, não é necessário tomar vermífugo periodicamente, segundo a revista Veja Saúde.
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De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), os antiparasitários só devem ser receitados como profilaxia (medida preventiva) em áreas com taxas de transmissão de doenças superiores a 20%. Felizmente, essa não é a situação da maior parte do Brasil.
O uso periódico de vermífugos já foi considerado ineficaz para a maioria da população. Além disso, esses medicamentos podem apresentar um potencial tóxico para órgãos essenciais como os rins e o fígado, exigindo extrema cautela.
Quando realizada sem orientação médica, a prática pode gerar resistência do organismo à medicação. Isso significa que, em caso de uma necessidade real, o remédio pode perder sua eficácia, dificultando o tratamento correto da infecção.
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Um mito persistente é a crença de que vermífugos podem tratar outras doenças, como Covid-19, dengue e até câncer. Na verdade, esses medicamentos são específicos para o combate a parasitas e não têm efeito contra outras enfermidades complexas.