Entender como e quando aferir corretamente a pressão ajuda a evitar erros comuns e a identificar riscos silenciosos / Freepik
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Medir a pressão arterial em casa pode ser mais eficaz do que depender apenas das consultas médicas. Com cerca de 20% dos brasileiros convivendo com a hipertensão, muitas vezes sem saber, o monitoramento doméstico se tornou uma ferramenta importante para detectar e controlar a doença.
Em algumas regiões do Brasil, onde o estilo de vida pode ser influenciado por estresse, alimentação e sedentarismo, entender como e quando aferir corretamente a pressão ajuda a evitar erros comuns e a identificar riscos silenciosos.
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De acordo com o médico emergencista francês Gérald Kierzek, seguir um método simples e disciplinado pode melhorar muito a precisão dos resultados.
Para obter uma leitura confiável, é essencial seguir a chamada "regra dos 3": medir a pressão três vezes seguidas, com um intervalo de um a dois minutos entre cada medição, e repetir o processo por três dias consecutivos. Isso reduz o risco de distorções pontuais causadas por fatores externos.
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Além disso, os horários escolhidos fazem diferença. A primeira medição deve ser feita pela manhã, logo após acordar, antes de tomar café da manhã ou medicamentos.
Nesse momento, a pressão costuma estar em seu pico natural, o que pode ajudar a identificar a hipertensão matinal. A segunda deve ser realizada à noite, pouco antes de dormir, quando a pressão tende a alcançar o ponto mais baixo do dia.
Alguns hábitos comuns podem comprometer a precisão das medições. Conversar ou se mexer durante a aferição, trocar de braço ou medir logo após comer, tomar café ou passar por um momento de estresse são atitudes que devem ser evitadas.
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O ideal é permanecer sentado e tranquilo por cinco minutos antes da medição, apoiar o braço na altura do coração e utilizar um aparelho validado, preferencialmente de braço. Os modelos de pulso são menos recomendados.
Os valores da pressão arterial são compostos por dois números: o sistólico (pressão quando o coração bate) e o diastólico (pressão entre as batidas). Uma pressão ideal está abaixo de 120 por 80 mmHg.
Valores entre 130 e 139 por 85 a 89 mmHg já indicam um estado de alerta, conhecido como pressão "normal alta". Acima de 140 por 90 mmHg, o quadro já é classificado como hipertensão.
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É importante lembrar que o diagnóstico não deve ser feito com base em uma única medição. A doença é silenciosa e requer diversas aferições elevadas para confirmação.
A aferição em casa ajuda a evitar o chamado "efeito jaleco branco", quando a pressão sobe apenas durante a consulta médica por causa do nervosismo. Monitorar regularmente também permite ajustes mais precisos nos medicamentos e hábitos de vida.
Se as medições ficarem frequentemente na faixa de alerta, é hora de procurar um médico. Pequenas mudanças, como reduzir o consumo de sal, praticar atividades físicas e controlar o estresse, podem evitar que o quadro evolua para hipertensão.
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Cuidar da pressão em casa é uma forma prática de proteger o coração, o cérebro e a saúde como um todo – e pode começar hoje mesmo.