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Muitos viajantes se perguntam: existe algum assento mais seguro dentro de um avião? A dúvida é comum, especialmente entre os mais ansiosos, e ganhou destaque recentemente
A probabilidade de morrer em um voo comercial nos Estados Unidos é de 1 em 13,7 milhões / Freepik/onlyyouqj
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O avião é considerado um dos meios de transporte mais seguros do mundo. Mesmo assim, o fato de estar voando a milhares de metros de altura ainda causa insegurança em muitos passageiros.
A ansiedade de estar no ar, longe do solo, pode aumentar principalmente após notícias de acidentes aéreos divulgadas na mídia, reacendendo o medo em quem está prestes a embarcar.
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Diante disso, muitos viajantes se perguntam: existe algum assento mais seguro dentro de um avião? A dúvida é comum, especialmente entre os mais ansiosos, e ganhou destaque recentemente após um grave acidente na Índia, envolvendo um Boeing 787.
Das 242 pessoas a bordo, apenas uma sobreviveu: o passageiro Vishwas Kumar Ramesh, de 40 anos, que saiu andando da fuselagem destruída.
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Apesar do episódio surpreendente, autoridades aeronáuticas reforçam que não há um lugar oficialmente considerado mais seguro no avião.
Cada acidente tem circunstâncias únicas, o que dificulta estabelecer uma regra definitiva. No entanto, estudos e análises estatísticas têm revelado alguns padrões curiosos, que podem ajudar a entender melhor os riscos e chances de sobrevivência em diferentes partes da aeronave.
Segundo um estudo publicado em 2024 no Journal of Air Transport Management, a probabilidade de morrer em um voo comercial nos Estados Unidos é de 1 em 13,7 milhões.
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Mesmo sendo extremamente raro, pesquisadores ainda analisam os acidentes para entender quais fatores contribuem para a sobrevivência dos passageiros. E entre esses fatores, a localização do assento pode sim fazer diferença, em casos específicos.
A revista Time publicou uma análise, baseada em dados da Administração Federal de Aviação (FAA), indicando que passageiros sentados no terço traseiro do avião apresentaram as menores taxas de mortalidade.
Isso porque, em muitos acidentes onde há impacto com o solo, a parte dianteira tende a absorver a maior parte da força, o que acaba protegendo quem está mais atrás.
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Esse padrão também foi identificado pela NTSB (National Transportation Safety Board), que investigou 20 acidentes aéreos entre 1971 e os anos 2000.
O levantamento revelou que passageiros sentados na parte traseira do avião tinham 69% de chance de sobreviver, contra 49% para quem estava na frente. Aqueles posicionados na altura das asas tinham uma chance média de 56%.
A análise mais detalhada da revista Time, feita com base nos acidentes entre 1985 e 2000, mostrou que os assentos do meio, localizados na parte traseira da aeronave, apresentaram a menor taxa de mortalidade: apenas 28%.
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Apesar disso, os especialistas alertam que esses números são apenas estatísticos e não garantem segurança total em caso de acidente.
Portanto, embora não exista um “assento à prova de tragédias”, escolher lugares mais ao fundo e no centro da fileira pode aumentar as chances de sobrevivência, segundo os dados analisados.
Ainda assim, é importante lembrar que voar continua sendo extremamente seguro, e a preocupação com acidentes aéreos deve ser vista com cautela e perspectiva.
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