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Vaca de R$ 21 milhões? Brasil quebra recorde mundial e entra para o Guinness

Viatina-19 não é uma vaca comum. Criada em Minas Gerais, ela é fruto de anos de investimento em melhoramento genético

Isabella Fernandes

Publicado em 29/07/2025 às 09:25

Atualizado em 29/07/2025 às 14:59

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O Brasil conquistou mais um recorde mundial inusitado, desta vez, no campo do agronegócio. / Reprodução

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O Brasil conquistou mais um recorde mundial inusitado, desta vez, no campo do agronegócio. A vaca Viatina-19 FIV Mara Móveis, da raça Nelore, foi reconhecida oficialmente pelo Guinness World Records como a fêmea bovina mais cara já vendida no mundo, com valor estimado em impressionantes R$ 21 milhões.

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A façanha foi confirmada em 2024, após a venda de um terço do animal em leilão, por cerca de R$ 7 milhões. O valor total da vaca foi calculado com base nessa fração negociada, o que levou à inclusão no famoso livro dos recordes.

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Genética de elite

Viatina-19 não é uma vaca comum. Criada em Minas Gerais, ela é fruto de anos de investimento em melhoramento genético e biotecnologia. O principal diferencial do animal está na sua capacidade reprodutiva.

Ela produz grande quantidade de oócitos (células reprodutivas femininas), que podem ser usados em fertilização in vitro (FIV) para gerar bezerros com as mesmas características desejadas.

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Esse potencial genético permite que seus embriões e material biológico sejam comercializados por valores altíssimos. Cada célula-ovo da Viatina-19 já foi negociada por cifras superiores a US$ 40 mil no mercado internacional.

Raça Nelore: orgulho nacional

A raça Nelore representa cerca de 80% do rebanho bovino brasileiro. Conhecida por sua rusticidade, adaptabilidade ao clima tropical e boa conversão alimentar, a Nelore é base da pecuária de corte no Brasil. Viatina-19 representa o ápice dessa linhagem, sendo símbolo do avanço da genética bovina nacional.

Segundo os criadores envolvidos na venda, o recorde é motivo de orgulho para o país e reforça a posição do Brasil como líder mundial em genética de corte bovina.

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Um mercado bilionário

O setor de melhoramento genético tem crescido de forma acelerada no Brasil. Além da valorização dos animais em leilões, o país exporta sêmen, embriões e tecnologia para diversos países da América Latina, África e Ásia.

Com isso, o agronegócio brasileiro não apenas produz carne, mas exporta ciência e inovação.

Apesar do sucesso, o segmento enfrenta críticas de ambientalistas, que apontam o impacto da pecuária sobre o meio ambiente, principalmente na emissão de gases como o metano e no uso de pastagens em áreas de desmatamento.

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Em resposta, criadores afirmam que a genética de precisão ajuda a reduzir esses impactos, ao permitir que bois e vacas cresçam mais rápido e com melhor aproveitamento alimentar.

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