Uso da IA pode estar 'enferrujando' seu cérebro; conheça o sedentarismo cognitivo

Você se surpreende esquecendo informações que antes eram básicas, como números de telefone simples? Ou se viu dependente do GPS para caminhos que conhece de cor? Esses lapsos frequentes podem indicar um fenômeno conhecido como sedentarismo cognitivo.

Este problema surge quando delegamos em excesso nossas funções mentais à inteligência artificial. O resultado é um enfraquecimento gradual de áreas cerebrais essenciais para o raciocínio, a memória e a resolução de problemas diários.

A facilidade trazida pela tecnologia é inegável, contudo, é crucial entender que essa comodidade pode esconder um custo significativo. Ela afeta diretamente a agilidade e a saúde da sua mente a longo prazo, merecendo sua atenção agora.

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O preço oculto da conveniência

A psicóloga Rejane Sbrissa alerta, em entrevista ao jornal O Globo, para uma perda notável de habilidades. “As pessoas não sabem mais escrever a lápis. Só digitam e ainda há o corretor ortográfico completando as palavras”, ela observa.

Segundo a especialista, há uma clara perda de coordenação motora necessária para a escrita manual.

O cérebro como um músculo

O neurologista Sergio Jordy, da Academia Americana de Neurologia, enfatiza a importância do exercício mental. “A diminuição da atenção, da capacidade de resolver problemas e da criatividade pode aumentar o risco de doenças cognitivas no longo prazo”, diz ao O Globo. Nosso cérebro precisa de treino constante.

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Estratégias para um cérebro ágil

Para evitar esse sedentarismo, não consulte o celular a todo instante para informações simples. Force sua memória. Faça cálculos sem calculadora, leia livros físicos e pratique a escrita à mão.

Aprender novas habilidades mantém a mente jovem e flexível. O equilíbrio é fundamental. A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa, mas não deve tomar o lugar do seu esforço mental ativo. Exercite sua mente todos os dias.