Falar do Chevrolet Chevette é despertar a memória afetiva de milhões de brasileiros. / Freepik
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O ronco inconfundível do motor, a tração traseira que convidava a uma tocada mais animada e aquele design simples e robusto que marcou uma geração. Falar do Chevrolet Chevette é despertar a memória afetiva de milhões de brasileiros.
Ele foi o primeiro carro de muitos, o carro da família, o parceiro de aventuras inesquecíveis. Mas você já parou para pensar quanto ele realmente custava na época?
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A nostalgia é ótima, mas os números contam uma história ainda mais impressionante. Fomos atrás da resposta para uma pergunta que intriga muitos entusiastas: qual o valor corrigido pela inflação de um Chevrolet Chevette SL comprado novo em 1987? A resposta não apenas surpreende, como redefine o que pensamos sobre o valor dos carros no passado e hoje.
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Em 1987, o Brasil vivia sob o Plano Cruzado, em meio a uma inflação galopante. Naquele cenário, um Chevrolet Chevette SL 1.6/S, uma das versões mais desejadas, saía da concessionária por um valor em torno de Cz$ 230.000 (duzentos e trinta mil cruzados). Um número que, hoje, não diz muita coisa. Mas, quando trazemos esse valor para a realidade atual, a mágica acontece.
Considerando a conversão de moedas e a correção pela inflação acumulada desde então, o resultado é de cair o queixo.
Sim, você leu certo. Comprar um Chevette novo no auge de sua popularidade exigia um poder de compra semelhante ao necessário para adquirir um carro popular moderno e bem equipado atualmente.
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Para colocar em perspectiva, R$ 90.000 hoje te colocam ao volante de um Chevrolet Onix, Hyundai HB20 ou Fiat Argo em suas versões de entrada ou intermediárias. A comparação de equipamentos chega a ser brutal e mostra o salto tecnológico que vivemos.
Essa comparação deixa claro: ter um carro nos anos 80 era um verdadeiro artigo de luxo, um feito para poucas famílias.
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O preço elevado do Chevette (e de outros carros da época) era resultado de uma combinação de fatores, principalmente a reserva de mercado que limitava a importação e a concorrência, além da alta carga de impostos e da instabilidade econômica.
Com poucas opções disponíveis, os fabricantes nacionais praticavam preços muito altos.
Hoje, o cenário é outro. Um Chevette bem conservado virou um clássico cobiçado. Modelos em bom estado podem ser encontrados por valores que vão de R$ 15.000 a R$ 30.000, enquanto exemplares de coleção, com baixa quilometragem e originalidade impecável, podem facilmente ultrapassar os R$ 50.000.
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Um valor significativo para um carro que saiu de linha há décadas, mas que ainda acelera o coração de quem o vê passar.
O "Chepala", "Cheveco" ou simplesmente "Chevettera" prova que o valor de um carro vai muito além da etiqueta de preço. Ele está na história que carrega, na simplicidade mecânica que encanta novos e velhos mecânicos e, acima de tudo, nas memórias que ajuda a construir. Um verdadeiro ícone que, como vimos, valia ouro.
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