Muito antes de termos séries e filmes no celular, a Sony já imaginava um mundo em que assistir TV em qualquer lugar seria possível / Reprodução
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Muito antes de termos séries e filmes no celular, a Sony já imaginava um mundo em que assistir TV em qualquer lugar seria possível, e levou essa ideia adiante. Lançado em 1989, o Sony Watchman FDL-330S foi um marco da tecnologia portátil.
Compacto, modular e com tela colorida, ele foi a aposta ousada da marca para transformar a televisão em um acessório de bolso. O produto foi um sucesso e marcou uma geração.
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Parte da linha Color Watchman, o FDL-330S chegou ao mercado com uma proposta avançada para a época. Era uma TV portátil com tela LCD colorida de 2,7 polegadas, algo impressionante em pleno fim dos anos 80. Mais do que só ser pequeno, o aparelho chamava atenção pelo design modular, algo bastante raro.
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Dividido em quatro partes destacáveis (bateria, sintonizador, alto-falante e tela), o aparelho usava um sistema de trilhos laterais para conectar os módulos. A ideia era tornar a manutenção mais fácil e mostrar que portabilidade e engenharia inteligente podiam andar juntas.
O FDL-330S marcou a transição dos antigos televisores de tubo (CRT) para telas LCD, mais leves e eficientes. Com retroiluminação feita por lâmpada fluorescente (CCFL), o modelo deixava para trás o visual robusto dos seus antecessores, como o FD-210, e apostava em algo mais moderno.
Capaz de sintonizar sinais VHF e UHF com boa estabilidade, ele oferecia uma imagem surpreendentemente nítida para a época, graças ao sintonizador bem projetado. Era, de fato, uma das primeiras TVs de bolso a exibir imagens coloridas em uma tela plana.
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Um dos aspectos mais impressionantes do FDL-330S é a forma como ele foi montado. Cada módulo tinha sua própria função e componentes dedicados. O sintonizador, por exemplo, contava com duas placas de circuito bem compactadas, um desafio de miniaturização nos anos 80.
A parte do alto-falante entregava áudio claro, e o módulo da tela LCD era alimentado por uma placa inversora própria, algo incomum em portáteis da época. No total, o aparelho traz 47 capacitores eletrolíticos distribuídos pelos módulos, mostrando o nível de sofisticação interna do projeto.
Claro que, como todo aparelho antigo, o FDL-330S tem suas marcas do tempo. A retroiluminação CCFL não iluminava a tela de forma tão uniforme, e o LCD costumava ficar amarelado com os anos. Mas, para os colecionadores, esses detalhes são parte do charme retrô.
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Um ponto de atenção para quem deseja restaurar um modelo hoje é o cabo flat do conector CN701, conhecido por sua fragilidade e suscetibilidade a falhas.