Apesar de muitos confundirem, os fenômenos tem mais diferenças que similaridades / Freepik
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Tornados, ciclones extratropicais, furacões e tufões são fenômenos naturais presentes em várias regiões do mundo. Embora todos possam provocar ventos intensos e chuva, seus comportamentos e intensidades variam bastante.
Ciclones extratropicais mais fortes chegam a registrar rajadas de até 120 km/h e provocar grande volume de chuva.
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Já tornados, furacões e tufões são sistemas muito mais violentos, gerando ventos acima de 150 km/h e causando destruição significativa.
A seguir, veja o que há em comum e o que diferencia cada um deles.
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O que esses eventos compartilham é a presença de ventos fortes, chuva e uma condição atmosférica marcada por baixa pressão.
Todos se desenvolvem ao redor de um centro de baixa pressão que se estende desde a superfície até aproximadamente 5 km de altitude. Essa estrutura favorece o movimento ascendente do ar e a formação de nuvens e instabilidade.
Apesar de algumas similaridades, tornados, furacões, tufões e ciclones extratropicais diferem completamente em aparência, escala, tempo de vida e ambiente de formação.
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Furacões, tufões e alguns ciclones extratropicais podem gerar tornados durante sua passagem, mas o contrário não ocorre. A duração também varia muito.
Tornados costumam durar poucos minutos, enquanto furacões, tufões e ciclones extratropicais podem permanecer ativos por vários dias antes de se dissiparem.
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Tornados são colunas de ar em rotação que se originam entre o solo e a base de nuvens do tipo supercélula.
Normalmente surgem sobre o continente, em ambientes quentes e úmidos. Eles também podem aparecer associados à passagem de furacões, tufões ou ao processo de formação de ciclones extratropicais.
A região com maior número de tornados no planeta é os Estados Unidos, especialmente o centro-leste do país. No Brasil, a ocorrência é mais comum na região Sul.
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Furacões e tufões são essencialmente o mesmo fenômeno, diferenciados apenas pelo local onde se formam.
Ambos surgem sobre oceanos de águas quentes. O nome “furacão” é usado no Atlântico Norte e parte do Pacífico; “tufão” se aplica ao Pacífico oeste e noroeste, próximo ao Japão, China e Filipinas.
Ciclones extratropicais se desenvolvem em áreas onde há forte contraste de temperatura do ar. As águas do mar podem estar quentes ou frias, mas as camadas superiores da atmosfera são mais frias. Eles aparecem sempre associados a frentes frias.
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Uma diferença marcante é a previsibilidade. Meteorologistas conseguem identificar condições favoráveis para supercélulas com mais de 24 horas de antecedência.
Porém, a formação real de um tornado só pode ser monitorada em curto prazo, via radar e satélite, o que gera alertas com no máximo meia hora. Essa limitação torna o tornado especialmente perigoso.
Já ciclones extratropicais, furacões e tufões podem ser detectados dias antes, permitindo ações preventivas.
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Tornados, furacões e tufões sempre apresentam ventos superiores a 100 km/h. Ciclones extratropicais intensos também podem ultrapassar essa marca, mas costumam ser os menos perigosos entre os quatro fenômenos.
A classificação de tornados é feita pelos danos observados no solo, enquanto a de furacões e tufões depende de dados estimados por satélites.
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Tornados têm aspecto de funil estendido da nuvem até o solo. Quando o funil se forma sobre água, recebe o nome de tromba-d’água.
Ciclones extratropicais exibem grandes espirais de nuvens, visíveis apenas por satélites. Já furacões e tufões apresentam uma massa arredondada de nuvens, com braços em espiral e um olho no centro.
Em termos de tamanho, as diferenças são enormes. Ciclones extratropicais ultrapassam 1.000 km de extensão.
Furacões e tufões têm, em média, cerca de 500 km do centro até a área de ventos mais fortes. Tornados são muito menores, variando de poucos metros a cerca de 2 km de diâmetro.
Saiba mais sobre as diferenças entre os fenômenos no vídeo abaixo, do canal "Incrível":